Reitora da UFG participa de evento que destaca lutas das mulheres
Na terça-feira (8/3), Dia Internacional das Mulheres, a Universidade Federal de Goiás (UFG) promoveu o evento “Mulheres e Lutas: Inclusão, Diversidades e Universidade: histórias e possibilidades”, que contou com a participação, na mesa de abertura, da reitora Angelita Pereira de Lima, da assessora especial do Gabinete, Sandramara Matias, da secretária de Inclusão, Luciana Dias, e da diretora de Mulheres e Diversidades, Ana Carolina Coelho. O evento, organizado pela Secretaria de Inclusão (SIN), foi transmitido pelo canal UFG Oficial no YouTube e também contou com intervenções artísticas.
Em sua fala de abertura, a secretária da SIN, Luciana Dias, ressaltou que a sociedade está estruturada sobre bases desiguais e ancorada em sistemas como o patriarcado e o racismo estrutural. “A gente precisa ir em busca da construção da igualdade e equidade entre indivíduos diferentes. A construção da igualdade de direitos, de tratamento, de condições, é uma luta constante e é uma luta nossa. Com muita força e coragem, a gente se engaja nessa luta para construir uma sociedade sobre uma outra base, que é a da justiça social e da igualdade”, analisou Luciana.
Sandramara Matias lembrou que a UFG tem uma trajetória histórica de enfrentamentos e lutas pela inclusão. Ela destacou o programa UFG Inclui, criado em 2008, antes mesmo da Lei de Cotas, e que já reservava vagas nos cursos de graduação para pessoas negras, oriundas de escola pública e quilombolas. “A Universidade busca criar as melhores condições, a despeito de todas as dificuldades, para que as mulheres não só tenham o acesso à universidade mas para que possam permanecer e passar por todo o processo formativo na graduação ou pós-graduação com qualidade”.
A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, falou sobre o significado do dia 8 de março, afirmando que foi uma data forjada em lutas e que além de homenagens deve fortalecer a luta das mulheres. Por outro lado, ela enfatizou que ainda é preciso avançar nos mecanismos de proteção e de defesa dos direitos das mulheres. “Num mundo que é hostil às mulheres, é fundamental não estar sozinha, é necessário que estejamos juntas. Viva às mulheres e que as mulheres fiquem vivas, em todos os sentidos”, finalizou a reitora.
SIN
O evento foi promovido pela Secretaria de Inclusão da UFG, criada há cerca de um mês. A secretária Luciana Dias explicou que a SIN está estruturada em três diretorias: Ações Afirmativas; Mulheres e Diversidades e Acessibilidade. Sandramara Matias lembrou que a nova estrutura está incluída no plano de gestão da Universidade e que sua criação foi fruto de discussões e participações de diversas pessoas durante a consulta à comunidade acadêmica para a Reitoria da UFG.
Ana Carolina Coelho, que apresentou a live, aproveitou a oportunidade para destacar o papel da Diretoria de Mulheres e Diversidades, que faz parte da SIN. Ela explicou que a Diretoria é pioneira no contexto das universidades e tem o objetivo de mapear e discutir unificadamente ações feitas por uma série de grupos, coletivos e movimentos, em vários câmpus, além de criar novas ações. “Esse é um projeto que foi construído coletivamente e precisa continuar a ser feito colaborativamente”, analisou a diretora.
Sobre a criação da SIN, a reitora Angelita Pereira de Lima destacou: “Particularmente, hoje, na UFG, é dia de colher. Recolher aquilo de bom, os bons frutos, separar aquilo que não deu certo e as boas sementes para a gente continuar semeando. A luta contra a desigualdade não tem fim e ela tem que recomeçar sempre. A SIN é uma colheita, resultado de múltiplas elaborações, uma colheita muito rica e muito importante”.
Fonte: Reitoria Digital