• Maia diz que a prioridade é preservar vidas, diluindo o pico de contágio

    Publicado em 23.03.2020 às 19:34

    O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a prioridade neste momento de enfrentamento da crise do coronavírus é a preservação das vidas dos brasileiros. Na avaliação de Maia, a ideia de alguns economistas de que um pico maior de contaminação poderia gerar uma recessão menor é errada. A afirmação foi feita em entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (23).

    “Com o isolamento, vai ter um tranco na economia de uns 60 dias e o governo precisa intervir. Mas a gente não conhece o vírus, como vai ser a receptividade dos brasileiros ao vírus. É preciso ter paciência, focar no enfrentamento, mandar recursos para os municípios. Na Alemanha, por exemplo, foi fundamental ter um número de leitos maiores, e isso teve efeitos na economia.  Temos que garantir recursos, os empregos e cuidar dos mais vulneráveis”, ponderou Maia.

    Salários de servidores
    Maia foi questionado sobre a possibilidade de redução dos salários dos parlamentares para contribuir no combate ao coronavírus. O presidente da Câmara disse que todos devem contribuir.

    “No momento adequado, todos vão ter que contribuir. É importante que todos os servidores e os que têm mandato contribuam, não tenho dúvida que isso vai acontecer com a queda da arrecadação, não só exclusivamente os parlamentares”, disse o presidente.

    Rodrigo Maia também reafirmou que o governo é livre para utilizar os recursos do Orçamento para o combate à pandemia, como por exemplo o uso do Fundo Eleitoral. Nesta semana, diversos parlamentares apresentaram propostas para destinar R$ 2,035 bilhões para ações de combate à pandemia de coronavírus no Brasil. Conforme a Lei 13.488/17, esse fundo eleitoral prevê dinheiro para custear as campanhas para a sucessão municipal prevista para outubro próximo.

    “A gente precisa entender o tamanho do nosso problema. Todos os Poderes podem dar a sua contribuição: se é no fundo eleitoral ou partidário que se use, mas precisamos entender que a saúde precisa de R$ 150 bilhões”, afirmou o presidente.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias