Prefeitura lança grupo reflexivo para mulheres vítimas de violência
A Prefeitura de Goiânia inicia no próximo mês a primeira turma deste ano de grupo reflexivo voltado exclusivamente para mulheres vítimas de violência de gênero. As reuniões serão realizadas quinzenalmente no auditório da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM).
Os grupos serão coordenados pela equipe multidisciplinar do Centro de Referência Cora Coralina e consistem no acolhimento e orientação, buscando-se uma reflexão sobre os vários tipos de violência que podem ser cometidos contra as mulheres e a flexibilização da narrativa para evitar a culpabilização da pessoa pela situação de violência vivida, possibilitando que elas saiam do ciclo de violência, tornando-se, assim, protagonistas de seus próprios direitos.
Serão atendidas 15 mulheres por grupo. Elas se reunirão em um espaço de acolhimento e escuta que proporcione apoio e fortalecimento emocional.
O projeto possibilita o acompanhamento psicológico, socioassistencial e jurídico de mulheres vítimas de violência de gênero. As assistidas podem se apresentar de forma espontânea ou ser encaminhadas pela Justiça.
Segundo a titular da pasta, Ana Carolina Almeida, o Grupo Reflexivo para Mulheres visa contribuir para fortalecimento da mulher e auxiliar a criação de condições que possibilitem a superação e a quebra do ciclo de violência. “Estas reuniões são importante porque as participantes poderão expor os seus medos e anseios, levando-as a refletirem os seus relacionamentos. Durante as sessões, elas poderão contar com o apoio psicológico, socioassistencial e jurídico de nossa equipe, visando fortalecê-las para que rompam com o ciclo da violência”, disse.
As vítimas de violência doméstica que queiram participar dos grupos reflexivos para mulheres podem procurar a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, na Rua 16-A, nº 350, no Setor Aeroporto ou pelo telefone 3524-2933 / 3524-1313
Saiba mais
Além de atendimento às vítimas, o Centro de Referência Cora Coralina conta, desde fevereiro de 2019, com grupos reflexivos para os autores de violência doméstica, que são encaminhados, de forma compulsória, pelos juízes dos respectivos processos incursos na Lei Maria da Penha. Nas sessões, os participantes são levados a refletir sobre a construção dos gêneros, relacionamento possessivo, machismo, entre outros que permeiam os casos de abuso. A intenção é evitar a reincidência e promover a responsabilização entre os participantes.
Roberta Amorelli, da editoria de Política Para as Mulheres