Depois da robótica, Fieg estuda usar inteligência artificial nas escolas do Sesi e Senai e indústrias
Campo da ciência da computação cujos objetivos são estudar, desenvolver e empregar máquinas para realizarem atividades humanas de maneira autônoma, a inteligência artificial (IA) será a próxima novidade no processo de aprendizagem nas escolas do Sesi e Senai em Goiás, a exemplo da robótica, que vem revolucionando a maneira de estudar e constituindo importante diferencial na qualidade do ensino das instituições.
Ligada à robótica, ao reconhecimento de voz, entre outras tecnologias, a inteligência artificial surgiu para modernizar a evolução tecnológica e levar benefícios principalmente no meio educacional e empresarial, foco das instituições na corrida da Indústria 4.0.
Foi pensando nas vantagens da utilização da ferramenta que o Sistema Fieg iniciou estudos visando sua implantação nas escolas Sesi e Senai, bem como difundir sua adoção pelas indústrias. O assunto foi tratado em reunião segunda-feira (04/04), na Casa da Indústria, com participação do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, do superintendente do Sesi e diretor regional do Senai, Paulo Vargas, do diretor de Educação e Tecnologia, Claudemir José Bonatto, do diretor da Faculdade Senai Fatesg, Weysller Matuzinhos de Moura, e do professor Francisco Calaça.
“Hoje tudo está voltado para a tecnologia, e a utilização da inteligência artificial é uma realidade. Nossa ideia é implantar algoritmos que possam identificar tanto os problemas eventualmente enfrentados por alunos do Sesi e Senai em uma disciplina específica, como também identificar os contratempos dentro das indústrias, a fim de coletar dados e posteriormente disponibilizar soluções de forma mais rápida e coerente”, explicou o professor da Faculdade Senai Fatesg, Francisco Calaça, que integra o grupo de trabalho responsável pelos estudos.
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, a iniciativa é de extrema relevância e reveste-se de caráter estratégico e, portanto, deve ser estudada para atender aos alunos Sesi e Senai e também à indústria. “Nossas escolas já utilizam a tecnologia em todas as áreas. Contar com ferramentas de inteligência artificial é, de fato, interessante e útil. Precisamos encontrar um método para que o próprio aluno se interesse por se dedicar àquilo em que ele tem mais dificuldade de aprender. Sugiro que utilizemos uma maneira de aproveitamento do tempo que o aluno gasta em redes sociais, por exemplo, e se dedique a um estudo extra e espontâneo. Otimizar o tempo dos jovens ao desejo de aprender cada vez mais e, claro, usando a ferramenta de inteligência artificial”, salientou
Sandro Mabel sugeriu, ainda, que a equipe do Sistema Fieg estude uma metodologia destinada a incentivar e convencer o empresário à utilização da ferramenta. “Para melhorar o futuro, temos que pensar e trabalhar o presente. Precisamos influenciar as pessoas a implantar a tecnologia nas empresas, trabalhando cada vez mais no desenvolvimento da plataforma. Por exemplo: caso uma indústria de pasteurização de leite enfrente um problema, a inteligência artificial já deve ter identificado o obstáculo e sugerido a solução. A maneira de conseguirmos esse avanço é justamente estudando a realidade do chão de fábrica”, explicou.