• Rio de Janeiro: Casos de violência contra a mulher aumentam 50%, durante confinamento

    Publicado em 24.03.2020 às 14:53

    Da Redação, Agência Todas, com informações do G1

    A  Justiça do  Rio de Janeiro revela que os registros de violência doméstica aumentaram 50%, durante o período de confinamento. A maioria é de  mulheres vítimas de violência. A juíza Adriana Mello informou que 70 a 80% do plantão do  judiciário são de mulheres em busca de todas as formas de medidas protetivas. 

    “Nenhuma mulher é obrigada a viver confinada com o agressor. A PM do Rio, a patrulha Maria da Penha e delegacias permanecem funcionando para atender esses casos”, orienta a juíza da Vara de Violência Doméstica, Adriana Mello. 

    Apesar de a  China já ter registrado situação semelhante, o aumento desse tipo de demanda surpreendeu as autoridades do judiciário no Rio. 

    “Em situações de crise, a realidade da  violência contra a mulher fica ainda mais evidente. Vamos seguir na defesa de políticas para proteger as mulheres e cobrar do Estado ações específicas voltadas para esse tipo de situação”, afirma  Anne Karolyne, secretária nacional de mulheres do  PT

    A juíza Adriana Mello orienta ligar para 190 e acionar a PMERJ.

    Mulheres contra a violência doméstica no Rio

    No final de 2019, a deputada estadual  Zeidan, PT-RJ, foi relatora da CPI do Feminicídio que apresentou diversas medidas para combater a violência contra a mulher no estado.  O documento tem cerca de 600 páginas e conta com 126 recomendações que deverão ser aplicadas por órgãos do Judiciário, dos Poderes Executivos municipais e estadual e do Poder Legislativo. Também foi proposta a criação de cinco projetos de leis e três indicações legislativas. “Não é pouca coisa. Precisamos fazer cumprir a lei, principalmente no que diz respeito às medidas protetivas para a mulher vítima de violência, que precisa ser acolhida e se sentir segura”, afirmou Zeidan.Thiago Lontra

    No final de 2019, a deputada Zeidan apresentou medidas para combater o feminicídio no estado