Com 4 nomes competitivos, eleição de governador em Goiás pode ser decidida em 2º turno 

Publicado em 11.05.2022 às 07:22

Apesar do favoritismo de Ronaldo Caiado, mas ao contrário de 2018, a eleição de governador de Goiás pode ser decidida no segundo turno. Em 18, Caiado venceu no primeiro turno.
Neste pleito, porém, três candidatos, além do próprio governador, se apresentam competitivos, a depender do desenrolar das campanhas. São eles: Caiado, Marconi Perillo, Gustavo Mendanha e Vítor Hugo. Corre por fora Wolmir Amado.
Caiado é o favorito, por estar na cadeira de governador, ter a máquina do governo e a caneta do poder. É apoiado pela maioria dos prefeitos e deputados estaduais e federais. Porém, sofre com os desgastes naturais da administração. Além disso, a pulverização de candidatas pode tirar votos dele e levar a eleição para o segundo turno.
O ex-governador Marconi Perillo ainda não decidiu a qual cargo concorrerá, mas se optar por disputar o governo é um nome de peso. Está embalado com a decisão do
STF de o considerar inocente na operação Cash Delivery. Articula em tempo integral, depois de uma pausa para tratar de um problema de saúde. Tem disposição e trabalha na recomposição da base eleitoral dele no interior. Enfrenta desgastes, mas possui a favor o legado de muitas obras e a capilaridade politica em todo o estado. É uma candidatura que, se realmente for confirmada, não pode ser subestimada.
O ex-prefeito Gustavo Mendanha no sucesso administração das gestões em Aparecida de Goiânia e na renovação política para se apresentar ao eleitor. Já está viajando pelo interior do estado como pré-candidato. Mendanha é forte em Aparecida, claro, e em Goiânia, os dois maiores colégios eleitorais do estado. Ele foi reeleito com mais de 95% dos votos. Como dificuldades, tem o desconhecimento em várias regiões de Goiás e à falta de estrutura partidária. Ele trocou o MDB pelo Patriota para disputar o Palácio das Esmeraldas.
O deputado federal Vítor Hugo pode entrar no bolo de candidatos competitivos se conseguir capturar os votos do bolsonarismo em Goiás. O parlamentar filiou-se ao PL do presidente Bolsonaro e vai para a primeira disputa majoritária, mas luta contra a divisão do partido.
O ex-reitor da PUC, Wolmir Amado, corre por fora, apostando na conquista do eleitorado lulista em Goiás. Historicamente, candidatos do PT no estado não conseguem seduzir o conservador eleitor goiano.
É nesse quadro que a eleição pode caminhar para um imprevisível segundo turno.