Fieg tem atuação em prol da industrialização goiana reconhecida pela Assembleia 

Publicado em 19.05.2022 às 07:07

Ainda colhendo frutos da comemoração dos 70 anos de sua fundação, completados em 2020, a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) recebeu segunda-feira (16/05) mais um reconhecimento da sociedade goiana, desta vez representada pela Assembleia Legislativa de Goiás. Por iniciativa do deputado estadual Delegado Eduardo Prado, a Casa da Indústria, que abriga as administrações centrais da Fieg, do Sesi, Senai e IEL, no Setor Vila Nova, sediou sessão especial extraordinária itinerante para celebrar a data.

A nova homenagem ocorreu menos de um mês após a Câmara de Vereadores de Goiânia igualmente destacar a história de protagonismo da entidade no âmbito do processo de industrialização de Goiás, com a transformação do perfil de um Estado eminentemente agropastoril, e depois de outra sessão especial da própria Assembleia celebrar os 70 anos de atuação do Senai goiano.

“A presença desta instituição, tanto na Região Metropolitana quanto em cidades produtivas importantes para a economia do Estado, como Anápolis, Rio Verde, Itumbiara, Jataí, Catalão, Quirinópolis, Minaçu, Niquelândia e Barro Alto, faz o setor produtivo goiano mais dinâmico e, certamente, alinhado com as demandas regionais”, disse o parlamentar ao abrir a sessão especial, que foi incorporada à reunião mensal de maio da diretoria da Fieg e de presidentes de sindicatos das indústrias – a entidade congrega 35 sindicatos patronais de diversas áreas em Goiás.

Ele destacou a importância da indústria no desenvolvimento socioeconômico goiano compartilhou as dificuldades que os empresários do Estado enfrentam, citando “carga tributária elevada, burocracia que atrapalha aqueles que querem produzir e uma postura incondizente do governo do Estado, que nada fez para recuperar os milhares de empregos perdidos durante a pandemia.”

Em resposta, o presidente da Fieg agradeceu ao parlamentar pela homenagem, destacou a importância da entidade na mudança do perfil socioeconômico do Estado, sobretudo pela atuação do Sesi, Senai e IEL nos campos da educação básica, profissional e tecnológica, estágio e inovação. Ele também reiterou defesa da industrialização no Estado das matérias-primas, especialmente grãos e minérios, sob argumento de que a adoção dessa política de agregação de valor aos produtos goianos, no primeiro caso, poderia gerar R$ 1,8 bilhões em impostos e R$ 1 bilhão em salários. Na oportunidade, Sandro Mabel reclamou da falta de investimento do governo estadual em áreas estratégicas, como indústria, energia, saneamento, trabalho e cultura, mostrando como fonte dados da própria Secretaria de Estado da Economia utilizados em reportagem do jornal O Popular de 14 e 15 de maio/2022.

Ele defendeu ainda política de incentivos fiscais, que considerou como fator de competividade das empresas, sublinhando que muitas delas estão indo embora para outros Estados por falta de atrativos para atuar em Goiás. Durante a sessão especial, igualmente se manifestaram o vice-presidente da Fieg André Rocha, que dirige o Conselho Temático de Assuntos Legislativos da federação, e o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás (Sindileite), Jair José Antônio Borges, que abordou sobre a criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Leite pela Alego.

O deputado Delegado Eduardo Prado, que é relator da comissão, prometeu desenvolver um “trabalho de equilíbrio” e ouvir o setor produtivo no âmbito dessa questão. Ao encerrar a sessão, ele estendeu a homenagem pelos 70 anos da Fieg a todos os presidentes de sindicatos das indústrias, em nome do presidente do Siaeg (Sindicato das Indústrias de Alimentação no Estado de Goiás), Antônio Benedito dos Santos, como “símbolo da garra” do empresário goiano, pela sua origem humilde e êxito nos negócios, à frente da Creme Mel Sorvetes.