• Vacina contra a covid diminui internação, gravidade e morte, diz infectologista 

    Publicado em 7.06.2022 às 06:38

    Jornal Brasil Central ouviu nesta segunda-feira (6) o médico infectologista Marcelo Daher, que enfatizou os benefícios da vacinação para um enfrentamento menos traumático do aumento de casos da Covid-19, como acontece agora, por novas variantes da Ômicron. De acordo com ele, os dados mostram que essas variantes são mais transmissíveis, “mas pelo fato de a maioria das pessoas já estar vacinada nós não teremos tanta elevação de internação e morte”. Além da vacina, ele pediu que os municípios voltem a recomendar o uso de máscara, especialmente para a população mais vulnerável, como idosos e pessoas imunossuprimidas, ou seja, com baixa imunidade.

    “Como as pessoas, em sua maioria, já estão vacinadas, com primeira, segunda e terceira doses, isso também diminui a gravidade da doença. Mas a gente tem de lembrar que existe uma porcentagem da população, que não é tão grande, ainda não vacinada, que não se vacinou por diversos motivos, e que nesses casos a doença pode vir de maneira mais grave”, observou Marcelo Daher, acrescentando que saiu um estudo recente mostrando que as pessoas vacinadas têm menor capacidade de transmissão.

    “A vacina diminui a gravidade da doença, diminui a internação, diminui óbitos, isso com base em dados que são demonstrados a todo momento. A carga viral inicial é alta, como no paciente não vacinado, mas a carga viral cai mais rapidamente. Portanto, ela transmite menos e por menos tempo”, assinalou. Quanto às pessoas assintomáticas, disse que elas tendem a ter um período de transmissão menor. Citou dois pontos importantes para o enfrentamento da pandemia que continuam valendo: a testagem em massa, para saber o que está acontecendo em determinadas regiões, e o uso de máscara. “A recomendação do uso de máscara continua valendo, principalmente para aquelas pessoas de maior risco, porque a transmissão voltou a subir”, confirmou. Para ele, é importante continuar com o uso da máscara, não necessariamente a obrigatoriedade, mas a recomendação, sim.