• SMS segue dando prioridade às ações de controle da hanseníase

    Publicado em 24.01.2020 às 16:19

    Todos os anos, profissionais de Saúde de todo o mundo promovem o Dia Mundial da Hanseníase no último domingo de janeiro, que este ano será dia 26. A data tem como objetivo esclarecer à população causas, sintomas e tratamento da doença, que antigamente era conhecida como lepra, e que ainda é alvo de muito preconceito. Dados do Sistema de Informação de agravos de notificação (SINAN), revelam que Aparecida obteve uma taxa elevada de detecção da doença no ano de 2019. Ao todo foram notificados 165 casos no município. Por isso fique atento, caso apareçam sintomas na pele e nos nervos, como inflamações, manchas e perda de sensibilidade, procure uma unidade de Urgência para realizar um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.

    O tratamento é gratuito e tem duração de 6 a 12 meses. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informa que os exames para confirmação são realizados no Laboratório do Cais Nova Era e que os resultados são enviados à unidade que realizou o pedido. Informa também que o acompanhamento e o tratamento também são realizados nas próprias unidades. “É essencial a conscientização da população e também dos próprios profissionais de Saúde acerca da importância deste diagnóstico precoce.  O tratamento é simples, eficaz e interrompe a cadeia de transmissão da doença logo no início” – pontua a superintendente de Vigilância em Saúde, Vânia Camargo.

    Dados da OMS apontam que o Brasil é o país mais endêmico das Américas, com 94% dos casos novos notificados. Em número de casos, somos o segundo país do ranking mundial, perdendo apenas para a Índia. Em 2018, foram registrados 26.875 casos no Brasil. “Muitos mitos e preconceitos sobre a Hanseníase ainda confundem as pessoas, o que prejudica tanto a prevenção quanto o tratamento. Conhecer a doença é fundamental para o que o tratamento seja realizado de forma adequada” – lembra Magaly Maria de Carvalho, coordenadora do Programa Municipal de Combate à Hanseníase.

    A transmissão ocorre por meio de contato próximo e contínuo com o paciente não tratado Ou seja, um individuo doente que tenha uma forma contagiante (multibacilar) sem tratamento, que elimina grande quantidade de bacilos pelas vias aéreas superior para outras pessoas da população. Trata-se de uma doença contagiosa, causada pelo bacilo de Hansen e que o diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral e dermatoneurólogico. A coordenadora conta que este exame identifica lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade, comprometimento de nervos periféricos com alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas.

    Principais sinais e sintomas:

    >Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica, tátil e dor;

    >Áreas com diminuição dos pelos e do suor;

    >Dor e sensação de choque, formigamento, fisgado e agulhado ao longo dos nervos dos braços e pernas;

    >Diminuição da sensibilidade e /ou força muscular;

    >Úlceras de pernas e pés;

    >Caroços (nódulos) no corpo;

    Prioridade
    O controle da hanseníase é considerado como prioridade no município devido à alta taxa de detecção, sobretudo em menores de 15 anos. “Em 2019 foram notificados 165 casos, 05 em menores de 15 anos e isso é considerado um indicador alto” – completa. Ela enfatiza que o número alto de casos novos indica que a transmissão da doença, como nos anos anteriores, continua ocorrendo de forma intensa no município. “O diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a investigação de contatos que convivem ou conviveram, residem ou residiram, de forma prolongada, com caso novo diagnosticado de hanseníase são as principais formas de prevenção”. Mia informações no telefone 3545 6703 ou pelo website: saude.aparecida.go.gov.br.

    Fonte: Frederico Noleto