Caso Valério Luiz: júri popular tem início nesta segunda-feira, 13 

Publicado em 13.06.2022 às 21:33


Teve início nesta segunda-feira (13), o júri popular do caso Valério Luiz de Oliveira, radialista e cronista esportivo assassinado em 5 de julho de 2012. O júri está sendo realizado no Plenário do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), no Setor Oeste. O julgamento está previsto para durar três dias, durante os quais estão previstas para serem ouvidas 30 testemunhas, das quais cinco de acusação e cinco de defesa para cada réu.

A sessão de julgamento começou às 9h37 da manhã desta segunda-feira (13). O juiz Lourival Machado, da 2ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri, preside o júri. Logo no início da sessão, ele negou o pedido da defesa para desmembramento do júri de Maurício Sampaio, matéria que já havia sido apreciada anteriormente. 

Ainda no período da manhã, foi notificado que algumas testemunhas não haviam comparecido. Em razão da ausência das testemunhas, que, depois de localizadas, compareceram espontaneamente à sessão de julgamento, o juiz preferiu determinar o recesso de almoço para não interromper a primeira testemunha a ser ouvida. Com isso, as oitivas das testemunhas de acusação começaram apenas às 13h50. 

O primeiro depoimento foi do delegado da polícia civil Hellyton Carlos Miranda de Carvalho, que, à época do crime, trabalhava na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH). O depoimento dele, que começou às 13h50, durou 3 horas e 10 minutos, terminando às 17 horas. A testemunha foi indagada pelo promotor do caso sobre o porquê do foco da motivação do caso ter sido levada às críticas ao Atlético Goianiense. O delegado respondeu que, após oitivas com diversas testemunhas, foi provado que a vítima não tinha nenhum outro tipo de animosidade ou justificativa que diferisse e levasse a outra linha de raciocínio. A segunda testemunha começou a ser ouvida às 17h09. 

O caso

De acordo com a denúncia, no dia 5 de julho de 2012, por volta das 14 horas, o jornalista esportivo Valério Luiz de Oliveira foi baleado com cinco tiros dentro do seu carro, quando saía da emissora de rádio em que trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. Ainda segundo o Ministério Público, a motivação do crime seriam as duras críticas do jornalista ao Atlético Clube Goianiense e à gestão de Sampaio, que na época era vice-presidente do clube.

O oferecimento da denúncia foi feito no dia 27 de fevereiro de 2013 e apenas três dias depois a justiça aceitou o caso. Maurício Sampaio, Urbano de Carvalho Malta, Marcos Vinícius Pereira, Djalma Gomes da Silva e Ademá Figueiredo Aguiar Silva foram pronunciados em agosto de 2014.

Os réus contestaram a decisão com recursos que chegaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), que confirmou a pronúncia. O júri, que já foi adiado três vezes, foi remarcado para a data de hoje no dia 2 de maio, ocasião em que os advogados da defesa abandonaram o plenário. Anteriormente, estava marcado para junho de 2020, quando, em razão da pandemia, foi remarcado para 14 de março de 2022. Nessa ocasião, o advogado Ney Moura Teles, que representava o réu Maurício Sampaio, renunciou à defesa. Foi então remarcado para 2 de maio e, depois, remarcado para a data de hoje, 13 de junho. (Texto: Luísa Chacon – estagiária comunicação / Foto: Acaray Martins – Centro de Comunicação Social do TJGO)