Oposição protocola requerimento para criação da CPI do MEC 

Publicado em 28.06.2022 às 14:57

Liderada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a oposição protocolou no início da tarde desta terça-feira (28) o requerimento para criação da CPI do MEC, que visa investigar o possível esquema de corrupção na pasta durante a gestão Milton Ribeiro, que contou com a ajuda dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos. Cabe ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), instalara comissão.

“No dia de hoje, a oposição protocola requerimento para instalação de CPI para averiguar o conjunto de irregularidades de que se tem notícia desde março no âmbito do Ministério da Educação. Este requerimento, que já contou com 29 assinaturas e, a partir de uma ação coordenada do governo ainda no mês de abril, tivemos a retirada de algumas dessas assinaturas. A partir dos últimos acontecimentos, em decorrência da prisão do senhor ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, conseguimos, finalmente, as assinaturas que restavam. Esse requerimento é protocolado no dia de hoje com 30 assinaturas”, contou Randolfe Rodrigues. O mínimo necessário para a instalação de uma CPI são 27 assinaturas.

Segundo o parlamentar, assinaram “ainda há pouco” o requerimento os senadores Marcelo Castro (MDB-PI) e Confúcio Moura (MDB-RO). “Temos ainda a expectativa de contarmos com a assinatura de outros dois colegas senadores”, contou.

“É um requerimento robusto, mostrando que há um desejo no Senado de que este esquema, escandaloso, que se instalou no Ministério da Educação tenha uma séria investigação”, afirmou Randolfe.

O senador destacou que as investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público estão “sob forte ameaça” por parte do governo Jair Bolsonaro (PL) e que o objetivo é protegê-las. “É de conhecimento de todos, em áudio do próprio senhor Milton Ribeiro, de que o presidente da República interveio de forma clara para impedir que a investigação avançasse, em um claro crime, conforme o Código Penal, de obstrução às investigações e uso de informações privilegiadas. Além disso, outros elementos precisam ser investigados por essa CPI”.(Brasil 247)