• Marcelo Arruda: Gleisi denuncia conclusão açodada e tendenciosa de inquérito 

    Publicado em 15.07.2022 às 19:56

    A presidente do Partidos dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, reagiu com indignação às conclusões açodadas do inquérito da Polícia Civil do Paraná sobre o assassinato do líder petista Marcelo Arruda.

    “As provas que a própria polícia recolheu mostram que o assassino foi até a festa de Marcelo de caso pensado, para agredir e ofender exclusivamente por Motivação Política”, afirmou Gleisi em vídeo, divulgado em suas redes sociais.

    A conclusão açodada e contraditória aos fatos do assassinato de Marcelo significa, na realidade, mais um incentivo aos crimes de ódio e à violência política comandadas por Bolsonaro no Brasil. Queremos Justiça, queremos eleições limpas, sem violência. O Brasil precisa de paz!”, alerta Gleisi Hoffmann

    Gleisi questionou a decisão da delegada que, mesmo diante dos fatos, insistiu em concluir que a motivação foi pessoal, “exatamente a versão que Bolsonaro e seu vice Mourão querem impor”, diz.

    Segundo Gleisi, a delegada negou o acesso dos advogados da família de Marcelo à investigação, “uma obrigação da autoridade e um direito da defesa previstos na Constituição e nos tratados internacionais sobre Direitos Humanos que o Brasil assinou”.

    Ainda de acordo com Gleisi, “a delegada ainda se recusou a ouvir testemunhas indicadas pela família, se recusou a fazer a perícia necessária e requisitada no celular do agressor e a tomar outras providências para elucidar a motivação do crime”.

    Para a presidenta nacional do PT ficou evidente que a Polícia Civil do Paraná não quer reconhecer que foi cometido um crime de ódio.

    “O crime tem de ser investigado na alçada da Justiça Federal, como requisitamos à Procuradoria Geral da República na última terça-feira”, destacou Gleisi.

    Por fim, Gleisi lembra que se trata da mesma Polícia Civil do Paraná “que até hoje não enxergou nem deu um desfecho à investigação do atentado político contra a caravana do presidente Lula em março de 2022”.