Goiânia está entre as 5 primeiras capitais em ranking de desenvolvimento sustentável e lidera na distribuição de água
Goiânia está entre as cinco primeiras capitais em desenvolvimento sustentável no país, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR), uma iniciativa do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), no âmbito do Programa Cidades Sustentáveis (PCS). A capital goiana obteve nota geral de 58,3 pontos, e recebeu as melhores avaliações nas categorias “Indústria, inovação e infraestruturas”, “Energias renováveis e acessíveis”, e “Percentual de esgoto tratado”.
“Criamos as bases para que Goiânia viva um novo ciclo de prosperidade nos próximos 10 anos. Isso foi feito diante do contexto histórico em que vivemos, com as dificuldades impostas pela pandemia de Covid-19, por exemplo. Então, estar entre as cinco primeiras capitais no ranking do desenvolvimento sustentável é algo que muito nos honra e que mostra que estamos no caminho certo”, avalia o prefeito Rogério Cruz.
Entre as capitais, Goiânia ficou na quinta colocação. As quatro primeiras posições foram de São Paulo, Florianópolis, Curitiba e Belo Horizonte. No ranking envolvendo todas as cidades do país, Goiânia ficou na 229ª posição.
Ao todo, são avaliados 17 objetivos e 169 metas que fazem parte de um acordo assinado pelos 193 estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo o Brasil. As avaliações são divididas em “Verde”, “Amarelo” e “Vermelho”. O verde tem como limite superior ao valor-alvo para cada indicador e, como limite inferior, o “limiar verde,” valor a partir do qual se considera que o município atingiu a meta.
Goiânia obteve as melhores notas, na “Verde”, em três categorias: “Indústria, inovação e infraestruturas”, “Energias renováveis e acessíveis”, e “Percentual de esgoto tratado”. Outras cinco áreas avaliadas receberam a nota “Amarelo”: “Erradicação da pobreza”, “Água limpa e saneamento”, “Trabalho decente e crescimento econômico”, “Consumo e produção responsáveis”, “Ação contra a mudança global do clima”, “Parcerias e meios de implementação”.
No caso de “Indústria Inovação e infraestruturas”, os indicadores avaliados foram os de investimento público em infraestrutura como proporção do PIB (Siconfi e IBGE), e a participação dos empregos em atividades intensivas em conhecimento e tecnologia (Rais). Em ambos os quesitos Goiânia recebeu a nota “Verde”.
Já em “Energias renováveis e acessíveis”, foram avaliados dois indicadores: Domicílios com acesso à energia elétrica (IBGE) e Vulnerabilidade Energética (Adapta Brasil), todos com nota acima do “limiar verde”. Em “Percentual de esgoto tratado”, foi avaliado se o esgoto é tratado antes de chegar aos rios e córregos (Atlas Esgotos) e, mais uma vez, Goiânia figurou na categoria verde.
A metodologia do IDSC-BR foi elaborada pela rede SDSN (UN Sustainable Development Solution Network), uma iniciativa que nasceu dentro da própria ONU para mobilizar conhecimentos técnicos e científicos da academia, da sociedade civil e do setor privado no apoio de soluções em escalas locais, nacionais e globais.
Responsabilidade ambiental
A capital também foi destaque em ranking que avalia a perda de água na distribuição, elaborado pelo Instituto Trata Brasil. No relatório, Goiânia ocupa o primeiro lugar entre as capitais brasileiras com menor índice, calculado em 18%. O instituto classifica a capital em “padrões de excelência” e aponta números inferiores que outras cidades da Europa e Ásia, como Londres e Hong Kong.
Metas
O prefeito Rogério Cruz afirma que, apesar da boa colocação de Goiânia na avaliação, o objetivo é melhorar o posicionamento em rankings futuros. É o caso da categoria “Erradicação da pobreza”, que Goiânia recebeu nota amarela.
“Nós criamos o primeiro programa de transferência de renda da história de Goiânia, o Renda Família + Mulher. Estamos investindo em cursos profissionalizantes, construindo pontes entre empregadores e funcionários. São ações que geram reflexo em avaliações futuras”, afirma Rogério Cruz.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Goiânia é o município goiano que mais gerou empregos em 2022. No primeiro semestre deste ano, foram abertos 16.072 novos postos de trabalho na capital. Os números são frutos de ações consistentes na empregabilidade, a exemplo das edições do Sine Móvel, que viabilizam o preenchimento de vagas de trabalho ao priorizar o emprego de pessoas residentes nas respectivas regiões.
O mesmo vale para “Indústria, inovação e infraestruturas”, que Goiânia já obteve nota “Verde”. O objetivo avalia o investimento do PIB em infraestrutura. Como a avaliação levou em consideração o índice de 2019, não entrou no cálculo os três viadutos entregues pela atual gestão. “Isso nos traz a confiança de que o nosso trabalho vai impactar para melhor a vida das próximas gerações”, diz o prefeito.
Contam, ainda, projetos que visam reduzir o tempo para abertura de empresas de 21 para quatro dias, bem como a automatização dos processos na administração.
Pontuação de Goiânia por áreas:
Verde:
Energia limpa e acessível
Indústria, inovação e infraestrutura
Percentual de esgoto tratado
Amarelo:
Erradicação da pobreza
Água limpa e saneamento
Trabalho decente e crescimento econômico
Consumo e produção responsáveis
Ação contra a mudança global do clima
Parcerias e meios de implementação