Candidato a deputado federal e policial militar das Rondas Ostensivas Táticas (Rotam), o coronel Edson Luís Souza Melo e Rocha (Edson Raiado), tem de retirar um vídeo de campanha do ar no prazo máximo de 48 horas. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Em resposta, a Justiça decidiu que o candidato deve excluir a gravação em que aparece usando máscara de caveira preta e um facão, que são símbolos da corporação na qual atua.

O candidato foi acusado de propaganda eleitoral irregular, em representação do promotor de Justiça Haroldo Caetano, da 133ª Promotoria Eleitoral. Segundo a acusação, além de usar uma máscara de caveira e um facão, Edson veste uma camisa com emblema do batalhão da PM e usa linguagem violenta, sugerindo a decapitação de pessoas. O MPE também alega que o candidato usou vinheta que exalta sua participação na busca e morte de Lázaro Barbosa, na região de Cocalzinho de Goiás, ano passado.

O juiz Paulo César Alves das Neves, da 2ª Zona Eleitoral de Goiânia, determinou que o vídeo, que além de sair na TV está sendo compartilhado em redes sociais, seja retirado do ar porque desacata o artigo 243 do Código Eleitoral, segundo o qual “não será tolerada propaganda: I – de guerra, de processos violentos para subverter o regime, a ordem política e social ou de preconceitos de raça ou de classes”.