“Estamos numa luta espiritual do bem contra o mal, da direita contra a esquerda”
Em debate promovido pelo site Mais Goiás nesta sexta, 23, Major Vitor Hugo reafirma compromisso com a direita e ideais cristãos, mostrando equilíbrio e conhecimento para responder provocações dos adversários.
No primeiro bloco do debate promovido pelo Mais Goiás, nesta sexta (23), o candidato a governador Major Vitor Hugo (PL) criticou mais esta ausência de Ronaldo Caiado (UB). “Lamento mais uma vez a ausência do governador Ronaldo Caiado, que desrespeita a população quando não vem aqui expor o seu plano de governo e explicar por que não fez um governo que resolveu de verdade os problemas de Goiás”, disse Vitor Hugo, que destacou, ao longo de todo o debate, seu compromisso com a direita, com a moral cristã e seu preparo para ser um excelente governador para Goiás. Também participaram do debate os candidatos Cintia Dias (PSOL), Edigar Diniz (Novo), Gustavo Mendanha (Patriota) e Wolmir Amado (PT).
No sorteio, previsto pelas regras do debate, Major Vitor Hugo começou apresentando seus planos para o transporte público, principalmente em regiões como a área metropolitana de Goiânia e do entorno de Brasília. “Vamos criar uma secretaria especial do Entorno — inclusive minha vice, Keila Borges, é de lá. Faremos um viaduto em Valparaíso, para acabar com o congestionamento na GO-040. E aqui, na região metropolitana, investiremos na interação com os prefeitos para acabar com o problema do transporte urbano”, afirmou o candidato.
Em seguida, ainda no primeiro bloco, Major Vitor Hugo respondeu ao repórter Francisco Dias, do Mais Goiás, sobre o que faria em seu governo para melhorar um dos gargalos da saúde pública no Brasil, que é o atendimento na saúde primária. “Na elaboração do meu plano de governo ouvimos as pessoas por mais de seis meses e montamos um plano estruturado em 16 eixos. O primeiro é justamente a saúde, com foco na atenção à saúde básica. Embora saibamos que essa é uma prerrogativa dos municípios, também sabemos que os problemas básicos, se não forem tratados, podem levar até a óbito”, frisou o candidato.
Para além da saúde básica, Major Vitor Hugo comprometeu-se com a priorização do término de obras inacabadas, a criação de um centro de referência em pediatria e auditoria nas OSs, além do cuidado para prevenir a corrupção no setor. “O governador tem sido leniente com uma OS que foi investigada e enterrou a CPI da saúde”, ressaltou o candidato, citando também o caso da Operação Eclesiastes.
O candidato criticou também o andamento das obras do Hospital de Águas Lindas, que ainda não foi concluída. “Como deputado, encaminhei R$ 20 milhões para a aquisição de equipamentos para este hospital, e até hoje o governador não concluiu a obra. É uma inação muito grande para um governador que é médico”, apontou Major Vitor Hugo.
No segundo bloco do debate, a candidata Cintia Dias, do PSOL, perguntou para o Major Vitor Hugo como ele faria para melhorar a arrecadação de Goiás junto ao governo federal e sobre seus planos para o combate à fome e à pobreza. Em tom de provocação, ela perguntou se ele, como governador, iria pedir benção para Lula, que segundo ela acredita, será o vencedor das eleições à presidência.
“Você partiu de duas premissas. Na primeira você está certa: vou ser governador de Goiás. Na outra premissa você errou: o presidente Bolsonaro vai ser reeleito, e no primeiro turno”, respondeu Major Vitor Hugo. “A questão fiscal do nosso estado é muito grave. Quando você vê o candidato Gustavo Mendanha dizer que vai sair brevemente do Regime de Recuperação Fiscal, uma promessa vazia e eleitoreira, ou que ele vai dar R$ 2 bilhões para a Enel e asfaltar todas as GOs do estado — aí eu realmente acredito que existem políticos profissionais”, apontou Major Vitor Hugo.
O candidato do PL acrescentou ainda que Bolsonaro foi o presidente que mais descentralizou os recursos para os estados e municípios. “Só em uma votação, em que eu era líder do governo na Câmara, nós descentralizamos mais de R$ 200 bilhões. Com a autorização do presidente Bolsonaro, foram investidos mais de R$ 700 bilhões durante a pandemia. Para o auxílio emergencial, em que eu, como líder do governo, propus ao presidente o valor de R$ 600, foram destinados 300 bilhões de reais. Só em Goiás 2,3 milhões de goianos foram beneficiados pelo auxílio”, destacou.
Ainda no segundo bloco do debate, Major Vitor Hugo destacou que seu plano de governo contempla a questão das políticas para as mulheres em três aspectos principais: combate à violência contra a mulher, promoção da igualdade de direitos no poder público e promoção da liderança. Ele acrescentou que o governo Bolsonaro foi o que mais entregou títulos de terra para a população, e que 80% deste total foi destinado às mulheres.
O candidato aproveitou seu tempo de resposta para questionar por qual motivo o candidato Gustavo Mendanha (Patriota) abandonou as mães de crianças autistas de Aparecida de Goiânia, ao não utilizar recursos para a construção de uma escola especial. “Eu mandei 3,8 milhões para a construção de uma escola clínica para crianças autistas em Aparecida, mas nada foi feito, prejudicando milhares de mães em Goiás. Vamos criar a Secretaria da Inclusão, que vai cuidar de crianças autistas ou com doenças raras e pessoas com deficiências”, assegurou Major Vitor Hugo.
Encerrando sua participação no segundo bloco, ele falou de seu projeto para a educação em Goiás, que consiste, principalmente, na valorização do desempenho de alunos e professores e na promoção de atividades de educação em várias frentes. O candidato do PL reafirmou que vai aumentar para 200 o total de escolares militares no estado e que ainda quer trazer o colégio do Exército Brasileiro para Goiás.
Terceiro bloco
Já no terceiro bloco, Major Vitor Hugo foi questionado pela candidata Cintia Dias (PSOL) sobre qual seria sua estratégia para garantir a vida da população LGBTQIAP+. Major Vitor Hugo destacou que todas as políticas do seu governo são para atender a todos os goianos, sem distinções. “Vou criar a Secretaria Estadual de Inclusão para garantir o direito e o cuidado de todos os grupos vulneráveis”, afirmou. “Em seu governo, Caiado vetou o projeto de lei, aqui em Goiás, que obrigava as escolas a ensinarem aos alunos sobre a Lei Maria da Penha, mostrando a insensibilidade dele perante a vulnerabilidade da mulher”, ressaltou Major Vitor Hugo.
O candidato aproveitou o momento para fazer uma crítica a uma fala de Mendanha em outro debate. “Vejo muita arrogância tanto em Caiado quanto no Mendanha ao me questionarem pelo fato de não ser goiano e mesmo assim me candidatar para governar o estado. Quando o Mendanha fala que não sou daqui, ele também diz que não precisa do voto de todos os baianos, gaúchos, cariocas, paulistas e mineiros que vieram para Goiás no passado para ajudar a construir o estado”.
Major Vitor Hugo ressaltou, ainda, que o atual governador e o ex-prefeito de Aparecida não fazem críticas mais diretas à esquerda e que, portanto, não podem se definir realmente como candidatos de direita. “Estamos numa luta do bem contra o mal, da direita contra a esquerda. Se a esquerda voltar, eles vão quebrar o país com sua ineficiência e corrupção, e acabar com as nossas famílias e o agronegócio”, alertou.
Continuando o debate, Major Vitor Hugo perguntou a Wolmir Amado (PT) como ele pretende combater a corrupção em Goiás. Em réplica à resposta do candidato do PT, Major Vitor Hugo disse que seu governo fará a mesma coisa que Bolsonaro proporcionou em nível federal. “Vamos utilizar a inteligência artificial para identificar cada edital e cada licitação, e não seremos tolerantes com nenhuma corrupção, diferente do que o PT fez durante todos os anos que esteve no governo”, apontou Major Vitor Hugo.
Seguindo a dinâmica proposta pelos organizadores do debate, Major Vitor Hugo foi solicitado a fazer uma pergunta a Edigar Diniz. Major Vitor Hugo deu início à sua fala apontando as promessas mirabolantes do candidato, que desconsidera a situação fiscal do estado, além da necessidade de manter o equilíbrio fiscal e o desenvolvimento da nossa infraestrutura, com a criação e manutenção de aeroportos, ferrovias e estradas, por exemplo.
Em resposta, o candidato Edigar Diniz afirmou que vai trazer para Goiás as novas leis federais relacionadas à liberdade econômica e ao Novo Marco das Ferrovias. Após a resposta de Edigar Diniz, Major Vitor Hugo fez uma réplica contundente: “Edigar, a maioria desses marcos legais que você citou foram aprovados nesta legislatura, quando eu era o líder do governo Bolsonaro na Câmara. A grande maioria delas foi de iniciativa do próprio presidente Jair Bolsonaro, como o Novo Marco do Saneamento, que não está sendo aproveitado pelo governador atual de Goiás”, destacou Major Vitor Hugo.
“Em Alagoas, por exemplo, foi aproveitado o Novo Marco Legal de Saneamento, aprovado e sancionado pelo nosso presidente. Em razão disso, agora eles vão conseguir atrair, nos próximos anos, R$ 9 bilhões. E eu vou fazer a mesma coisa aqui no estado de Goiás: nós vamos aderir 100% ao Novo Marco do Saneamento, vamos conseguir atrair muito mais do que R$ 10 bilhões, e vamos garantir o acesso de quase toda a população à água potável e ao tratamento de esgoto”, afirmou Major Vitor Hugo.
Sobre distribuição de renda e oportunidades de trabalho, questão mencionada por Cíntia Dias, Major Vitor Hugo foi taxativo. “O presidente Jair Bolsonaro reviu todos os programas sociais e cuidou dos mais vulneráveis. E é exatamente isso que vamos fazer aqui”, assegurou. Porém, continuou ele, além de cuidar dos mais vulneráveis, seu governo oferecerá condições para que estas pessoas mudem de vida, por meio de incentivos à formação profissional, do investimento no ensino técnico e do incentivo ao empreendedorismo como forma de desenvolvimento econômico do estado.