Mineração: Fieg recebe Fórum Permanente e discute impacto do setor no desenvolvimento macroeconômico de Goiás

Publicado em 2.12.2022 às 09:06

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), por meio da Câmara Setorial da Mineração (Casmin), sediou quinta-feira (01/12), na Casa da Indústria, o primeiro encontro do Fórum Permanente do Setor de Mineração de Goiás, plataforma de debates recém-criada pela Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa. A iniciativa, liderada pelo deputado estadual Virmondes Cruvinel, contou com participação do presidente da Casmin, Wilson Borges, do presidente do Sindicado das Indústrias Extrativas do Estado de Goiás (Sieeg-DF), Luiz Antônio Vessani, do superintendente do Sesi e Senai Goiás, Paulo Vargas, e do diretor de Educação e Tecnologia do Sesi e Senai, Claudemir Bonatto.

A programação abordou aspectos como segurança jurídica, desafios e perspectivas da mineração, aplicação da Lei Estadual da Economia Colaborativa, potencialidades minerais de Goiás, com vista ao mercado externo, e o apoio de instituições de ensino da indústria para formação de profissionais na área de mineração.

O presidente do Sieeg-DF, Luiz Antônio Vessani, fez breve retrospectiva histórica do papel do setor. “A mineração em Goiás suportou a expansão das fronteiras do Brasil”. Além disso, ele ressaltou as vantagens da atividade em Goiás por contribuir com os municípios nos quais as empresas estão inseridas e na geração de mais oportunidades.

“Quando uma grande mineradora chega a um município, ela traz oportunidades. A mineração sempre eleva o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade”, exemplificou. Ele lembrou que a exploração de minerais é finita e, portanto, ressaltou que é importante planejamento estratégico das prefeituras no que tange ao investimento dos recursos gerados durante o período de atividade.

O presidente da Câmara Setorial da Mineração (Casmin-Fieg), Wilson Borges, abordou as contribuições da mineração para o desenvolvimento macroeconômico estadual. Ele contabilizou a geração de 200 mil empregos, com a previsão de R$ 30 bilhões gerados pela atividade em Goiás nos próximos anos. 

Para Wilson Borges, o setor é um grande responsável pela melhoria na qualidade de vida e na saúde da população, além de promover inovação tecnológica, responsabilidade social e ambiental e investir no desenvolvimento local. “Goiás tem uma vocação mineral muito grande. É preciso fomentar políticas públicas que alavanquem o setor”, defendeu.

Na reunião, foram apresentados também detalhes do Marco Legal da Inovação e do Plano Estadual de Recursos Minerais da Secretaria Estadual de Indústria e Comércio (SIC), pelo secretário Joel Sant’Anna Braga Filho. O encontro foi acompanhado por diversas lideranças e representantes de empresas do setor mineral e contou ainda com participação do reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Antônio Cruvinel Borges Neto.

CASE DE SUCESSO – Na oportunidade, representantes do setor produtivo, do poder público, da área acadêmica e de entidades representativas compartilharam opiniões sobre as contribuições da atividade mineral como uma potente geradora de desenvolvimento social e econômico. Dentre essas contribuições, estão oportunidades de trabalho, recursos e desenvolvimento para os municípios em que estão inseridas as empresas mineradoras. Também foram apontadas as perspectivas e potencialidades de Goiás em relação à área, exemplificadas por meio do trabalho desempenhado por uma mineradora localizada no município de Alto Horizonte, considerada um case de sucesso.

O prefeito de Alto Horizonte, Luiz Borges da Cruz, ressaltou os reflexos da mineração na economia da cidade e na vida dos cidadãos. “A mineração, que teve início em 2007, possibilitou ao município, com população de cerca de 7 mil habitantes e receita na casa dos R$ 10 milhões, oferecer à comunidade saúde de qualidade, infraestrutura com esgoto, água tratada e asfalto, além de educação. Hoje, as escolas municipais contam com parceria junto ao Sesi/Senai”.

Já o diretor de Educação e Tecnologia do Sesi e Senai, Claudemir Bonatto, explicou como tem sido a experiência. “É uma educação que faz com que o aluno tenha prazer em se levantar e ir para a escola pela manhã. Além disso, os profissionais de educação e alunos são valorizados. É aplicada a tecnologia, um método de ensino mais atrativo e, ainda, existe uma estrutura de qualidade nas unidades de ensino”, contou. (Com informações da Agência Assembleia de Notícias | Fotos: Maykon Cardoso)