O Sebrae Goiás, em parceria com a Prefeitura de Rio Verde, com o apoio da Comtur, realizou na noite da última terça-feira (7) mais uma etapa da construção do Plano Municipal de Turismo. A reunião aconteceu na Sala de Treinamento da Agência Sebrae na cidade.

Na oportunidade, o workshop concentrou na apresentação dos produtos turísticos em fase de formatação no município (agrociência) e abordou questões como missão, visão, fatores críticos de sucesso e valores do Plano Municipal. Entre os participantes, houve uma dinâmica para validação de ações a serem realizadas na cidade.

A convidada da reunião, Tatiana Fernandez, consultora de desenvolvimento de destinos turísticos, abordou o assunto junto aos empresários participantes. Para anunciar uma cidade como destino turístico, a especialista ressalta a necessidade de modelar esse potencial. “É o que estamos fazendo aqui em Rio Verde. O trabalho é pegar áreas potencialmente atrativas para visitas turísticas e moldá-las para terem os requisitos operacionais e comerciais”, disse.

Como exemplo, Tatiana avalia que não é certo anunciar, divulgar e dar publicidade para um ambiente se não tiverem sido definidos aspectos como, por exemplo, quais os dias e horários de atendimento; o que é indispensável para o visitante; e o tempo de duração da visita, dentre outras questões. “Portanto, a meta é trabalhar esse processo em Rio Verde, onde há o desenvolvimento do agronegócio. É isso que chamamos de formatação de produto”, ressaltou.

Desenvolver novos atrativos

Em paralelo, as autoridades trabalham no desenvolvimento do Plano Municipal de Turismo, porque os especialistas entendem que ter apenas áreas potencialmente ativas, já prontas para receber um visitante, não é suficiente. “Então, dentro do plano, vêm as expectativas de promover ações para também melhorar hotelaria, gastronomia, tráfego urbano e acesso à cidade, além de outros aspectos a fim de atender à expectativa do turista”, disse Tatiana, que explicou que, dessa forma, são criados subsídios para gerar publicidade.

Segundo a consultora, o trabalho envolve o que se chama “posicionamento de mercado”, ou seja, uma publicidade estratégica. “Até o posicionamento no próprio ambiente on-line precisa ser direcionado, visando conversar com o turista que queremos trazer à Rio Verde para usar o que formatamos”, afirmou.

Se não houver cuidados nesse sentido, Tatiana explica que o município até pode gerar o interesse do visitante, mas quando ele chega ao local não há uma dinâmica de atendimento e nem qualidade na entrega do que foi anunciado. “Consequentemente, isso não desenvolve o turismo como um vetor econômico. Enfim, é ter um potencial, mas sem organização. Sem trabalhar o potencial para receber o turista, não tem geração de negócios”, comentou.

Conforme disse, no caso de Rio Verde a ideia é trabalhar o diferencial inicialmente nas áreas de ciência, tecnologia e negócios voltados para o agro. “Lógico que isso acaba surtindo efeito na área de hotelaria, restaurante, promotoria de eventos, atrativos de lazer, natureza, turismo rural e artesanato. Tudo será comercializado.”

Ao dar publicidade para Rio Verde, a visão, segundo a especialista, é que a cidade seja entendida no Brasil como um “hub” nas áreas em que o município tem potencial. “Um hub é um ambiente onde a pessoa encontra toda e qualquer informação relaciona nesse eixo que é o agro”, explicou.