• 100 dias de Lula são marcados por retomada de programas e revisão de medidas 

    Publicado em 10.04.2023 às 16:50

    Os 100 dias primeiros do terceiro mandato do presidente Lula, completados nesta segunda-feira (10), foram marcados pela retomada de programas sociais e a revisão de medidas do governo Bolsonaro. Outras promessas e metas de campanha ainda dependem de mais tempo e do Congresso Nacional para deslanchar, segundo o governo. 

    “Conseguimos chegar aos 100 dias cumprindo um objetivo de retomada do Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Mais Médicos e tantos outros”, afirmou o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, em entrevista à TV Brasil. 

    O governo também buscou desfazer ações ou omissões do governo anterior, como o restabelecimento de restrições sobre aquisição de armas e munições, além do lançamento de uma campanha nacional de vacinação. Os atos golpistas do dia 8 de janeiro, evento que entrou negativamente para a história do país como grave tentativa de ruptura institucional, teve como reação do governo uma intervenção na segurança pública do Distrito Federal e, posteriormente, o lançamento de propostas para endurecer a legislação sobre crimes contra o Estado Democrático de Direito.

    No plano internacional, Lula retomou o diálogo internacional, que havia ficado estremecido com muitos países, chegando a se reunir presencialmente ou por contato telefônico com cerca de 30 chefes de Estado e de governo. As primeiras viagens internacionais, para a Argentina, o Uruguai e os Estados Unidos, foram os pontos altos dessa guinada. O país também foi reintegrado a blocos de países como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União de Nações Sul-americanas (Unasul), além de recuperar posições históricas do país em organismos internacionais, incluindo a própria Organização das Nações Unidas (ONU).

    Na economia, a principal medida tomada nesse período foi a apresentação do arcabouço fiscal, com propostas de novas regras para as contas públicas e controle da dívida do país, que deverão substituir o chamado teto de gastos. O texto, no entanto, ainda precisará ser aprovado pelo Congresso Nacional.

    O novo governo também freou a privatização de empresas públicas consideradas estratégicas, uma das promessas de campanha de Lula.(Com informações da Agência Brasil)