Relatório da UFG aponta necessidade de transferência de renda para população mais vulnerável de Goiás
O Instituto de Estudos Socioambientais (IESA) divulgou nesta semana o relatório “Pandemia Covid-19: O Caráter Emergencial das Transferências de Renda Direta e Indireta para a População Vulnerável do Estado de Goiás”. O documento defende a distribuição de renda direta e indireta por parte dos poderes públicos, seja por meio de transferência monetária pura e simples ou senão através de alternativas, como subsídios para o pagamento de contas de água e luz e/ou a distribuição de gás e cestas básicas, por exemplo.
Destaca-se que “manter o fluxo de renda ou amenizar a redução da renda em circulação é um esforço que acarreta, em curto prazo, efeitos sistêmicos. O beneficiário da renda é, também, um consumidor do varejo que move a economia dos pequenos núcleos urbanos, assim como das periferias urbanas”. Além disso, tais ações precisam ser desburocratizadas para chegue com facilidade a quem precisa.
O estudo surgiu a partir da necessidade de mitigar o impacto econômico causado pela pandemia sem perder de vista o valor de preservar as condições de vida humanas, já que “o debate entre aqueles que pretendem priorizar a economia em detrimento da saúde supõe um falso dilema, uma vez que equipara o valor universal da vida aos valores monetários – esse debate, em sociedades democráticas, não merece crédito”.
Portanto, é necessário levar em consideração apenas estratégias viáveis. O relatório defende a urgência da ação governamental para garantir a renda mínima da parcela mais vulnerável dos cidadãos, assim como em um segundo momento aos trabalhadores assalariados tanto do setor informal quanto formal.