• Fieg prevê que decreto defina critérios para retorno das atividades

    Publicado em 2.04.2020 às 22:30

    A retomada das atividades industriais, comerciais e de serviços em Goiás foi tema de uma reunião na tarde desta quinta-feira (2/4) entre instituições que compõem o Fórum das Entidades Empresariais do Estado com o governador Ronaldo Caiado. Durante webcoletiva, após a reunião, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, afirmou que a federação vai esperar que o novo decreto do governo estadual seja divulgado para que a entidade se posicione. “O governador disse que estava escutando toda a sociedade e que amanhã vai editar o decreto”, ressaltou. Para Sandro Mabel, o novo decreto que será publicado pelo governo de Goiás precisa prever mecanismos para a retomada das atividades. “Na nossa opinião, vai haver uma abertura descontrolada, principalmente se o decreto vier prorrogando o prazo para mais 15 dias e não tiver uma perspectiva de abertura”, disse.  Na quarta-feira (1º), Sandro Mabel apresentou para o secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, um plano de ação para o retorno das atividades produtivas no Estado, após o fim de três semanas de quarentena. Porém, durante a webcoletiva desta quinta-feira, o presidente da Fieg disse que teve “a impressão que não será levado muito a sério”.  Segundo a Fieg, entre as principais propostas no plano de ação, estão a adoção de isolamento vertical, o retorno escalonado da indústria, do comércio e serviços e o estabelecimento de protocolos sanitários a serem cumpridos pelas empresas. Além disso, a Fieg, por meio do IEL Goiás, criou um aplicativo web que estabelece protocolos sanitários para a retomada das atividades das empresas em Goiás. A plataforma cruza informações cadastrais das empresas com dados da Secretaria de Saúde para a liberação do retorno mediante o cumprimento de exigências sanitárias. A Fieg informou que desde 13 de março, com a publicação do decreto estadual 9.633, cerca de 75% das indústrias goianas tiveram as operações paralisadas. Levantamento realizado pela Fieg/CNI mostra que as medidas adotadas já impactam na liquidez das empresas, em especial nos compromissos necessários para manutenção da atividade e do emprego. Segundo a sondagem, a pandemia já causou uma queda intensa para 67,65% das empresas consultadas.(Por Lucas Cassio, site A Redação)