O comércio de Campinas começou a morrer. Por onde se olha, várias lojas fechadas, repetindo o começo de um fenômeno que sepultou o Centro de Goiânia. Esse é o cenário com que se deparou Vanderlan Cardoso na manhã desta segunda-feira (19). Candidato a prefeito pela Coligação Goiânia que Queremos (PSD-PP), o senador percorreu a pé toda a extensão da icônica Avenida 24 de Outubro, conversou longamente com comerciantes e clientes, ouvindo reivindicações, e renovou sua disposição de implantar em Goiânia os polos de desenvolvimento, para reavivar a economia da capital, em especial nas áreas degradadas.

“Já mataram o Centro. Não vamos deixar matar Campinas”, suplicou o comerciante Geraldo Gouvea. Com a esposa, ele toca a Ótica Fama, na 24 de Outubro. Geraldo e Vanderlan tiveram uma longa conversa. “Há 37 anos vivendo de ótica”, relatou a dificuldades que ele e os colegas de Campinas enfrentam atualmente. “Nunca vi uma situação desse jeito. O movimento aqui caiu muito, fruto da falta dos governantes olharem pro nosso lado. O comércio começou a morrer. Ele está na UTI aqui em Campinas”, queixou-se. “Aqui em cima (ruas adjascentes) tem polo de bijouterias, de confecção, tecidos. E a gente conversa e falam a mesma coisa.”

Geraldo disse confiar no apoio de Vanderlan para que Campinas volte a ser o que era antes, com grande fluxo de pessoas na rua, essencial para as atividades comerciais. “Eu estava quieto aqui olhando a movimentação quando o Vanderlan entrou, conversou com minha esposa, que é minha sócia, e depois veio aqui falar comigo. Eu agradeço a atenção dele. Eu preciso dessa atenção especial e eu confio que desta vez vai acontecer”, diz, esperançoso.

Acompanhado por diversos candidatos a vereador, do vice Paulo Daher (PP), do deputado estadual Ismael Alexandrino (PSD), do deputado Cairo Salim e da militância, Vanderlan observou o abandono da 24 de outubro. Além da decadência econômica, ouviu queixas sobre a inconstância da coleta de lixo, sujeiras na rua, problemas com segurança pública e com a falta de um controle sobre o comércio informal.

Na loja Casa Nova (utilidades e produtos para bebês), o proprietário Valdesson Ribeiro reforçou a preocupação do oculista. “Aqui na 24 tem muitas lojas fechadas. Basta olhar em volta. E a prefeitura não tem feito nada”, denuncia. Valdesson elogiou a disposição do candidato de sair para conversar com as pessoas na rua: “A gente confia que o Vanderlan vai resolver isso daí”.

Polos de desenvolvimento

Os problemas econômicos enfrentados pelos comerciantes de Campinas é o alvo de um projeto que acompanha Vanderlan desde sua primeira disputa de prefeito em Goiânia, em 2016: os polos de desenvolvimento. A proposta, de geração de emprego e renda, é que a prefeitura, a partir da identificação das vocações de cada região da Capital, ofereça incentivos, isenções, fomento, estrutura, treinamento e qualificação para resgatar e estimular as atividades econômicas.

Na caminhada, Vanderlan identificou que o segmento da confecção é forte em Campinas. “Aqui do lado tem uma loja de máquinas de costura, depois da avenida ali tem outra. E nós vamos ter vários polos de desenvolvimento na nossa capital, inclusive na área de confecção. A região aqui já abasteceu toda Goiânia com máquina de costura. E eu vim aqui falar pra esse comerciante que ele pode preparar estoque que nós vamos resgatar a força do comércio em Campinas com os polos de desenvolvimento”, disse o candidato em entrevista.

Os polos de desenvolvimento são uma evolução da experiência de Vanderlan como prefeito de Senador Canedo por dois mandatos. Antes uma cidade dormitório, Canedo teve sua realidade social completamente transformada a partir do forte incentivo econômico que experimentou durante as gestões do hoje senador. “Farei o mesmo por Goiânia. Podem esperar um prefeito animado, que tem projetos e que sabe fazer, porque já fiz. Senador Canedo era uma cidade problemática e hoje não é mais”, lembra.

Vanderlan fez questão de enfatizar que hoje se sente ainda mais preparado, depois de seis anos no Senado, estando à frente de comissões importantes, como a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE): “Essa minha experiência eu quero colocar à disposição do goianiense”. ‎