Pesquisa UFG: sem isolamento social, Goiás teria 2 milhões de infectados e 400 mortes por coronavírus até maio
Um estudo elaborado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e o governo de Goiás analisa os cenários da pandemia de coronavírus no Estado em duas realidades distintas: uma com a adoção do isolamento social e outra sem a restrição. As projeções consideram o dia 27 de março para o início do estudo. Caso o isolamento não fosse adotado desde o início da pandemia, Goiás registraria 2,2 milhões de casos confirmados e cerca de 400 mortes em torno de 50 dias, ou seja, no início de maio. Seriam necessários 58 mil leitos em hospitais.
Se o isolamento fosse flexibilizado nesta sexta-feira (3), o resultado seria de 110 mil casos confirmados nos próximos 30 dias. Com a manutenção do isolamento, os números variam entre 21 mil casos e menos de 200 mortes. Neste cenário, seriam necessários 9 mil leitos para pacientes.
No melhor cenário, com o índice mais baixo de transmissão, haveria 9,3 mil casos confirmados e menos de 200 mortes. Para o atendimento destes casos, o estado precisaria de 1,6 mil leitos. O estudo reforça que as informações mais precisas são as de curto prazo, em análise de período de 30 dias.
O secretário de Desenvolvimento e Inovação, Adriano Rocha Lima, que apresentou o levantamento, disse que a Covid-19 é uma contaminação nova e, por isto, com poucos dados disponíveis no mundo. “As estimativas de média e longo prazo, em função do histórico, se tornam bem imprecisas. Por isso, temos confiança no intervalo de 30 dias”, explicou Lima.