• Para Fieg, aumento das tarifas de energia compromete competitividade das indústrias instaladas em Goiás

    Publicado em 19.10.2024 às 17:01

    A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou terça-feira (15/10) o reajuste de 5,02% nas contas de energia dos consumidores de baixa tensão atendidos pela Equatorial Goiás. O aumento impacta consumidores residenciais, rurais, iluminação pública, entre outros. Já os consumidores de alta tensão, terão reajuste de 2,23% no valor cobrado pela energia. A medida entra em vigor a partir de terça-feira (22/10). Entre os anos de 2018 e 2024, o aumento acumulado médio é superior a 50%.

    Na avaliação do presidente do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Fieg, Célio Eustáquio de Moura, o cenário tarifário em Goiás, nos últimos sete anos, tem se mostrado desafiador para o setor industrial.

    “Com um aumento acumulado de mais de 50% nas tarifas de energia, a competitividade de nossas indústrias está no jogo. As empresas estão sendo obrigadas a cortar custos, muitas vezes comprometendo investimentos em inovação e crescimento. O setor eletrointensivo, que depende fortemente de energia elétrica para suas operações, é o mais afetado. A imprevisibilidade nas tarifas dificulta o planejamento a longo prazo, e isso é um dos maiores desafios que enfrentamos”, avalia.

    Relatório técnico do Coinfra-Fieg mostra que o aumento das tarifas de energia em regiões industriais pode resultar na redução das margens de lucro e, em casos mais graves, no fechamento de fábricas. “Para as indústrias, a energia elétrica costuma representar entre 15% e 30% dos custos operacionais, o que as torna especialmente suscetíveis às variações tarifárias”, destaca o parecer.

    O levantamento ressalta ainda que o setor industrial é um dos pilares da economia, especialmente em regiões como Goiás, onde indústrias de grande porte trazem benefícios para o Produto Interno Bruto (PIB). “O aumento progressivo nas tarifas de energia elétrica representa um dos principais desafios para a continuidade das operações industriais, especialmente em economias que dependem fortemente de fontes energéticas tradicionais”, sustenta.