• Tempo chuvoso exige atenção maior com possíveis criadouros do Aedes aegypti

    Publicado em 28.01.2020 às 14:33

    O período de chuvas intensas típico da Região Centro-Oeste, como o registrado nos últimos dias, exige cuidados redobrados da população para evitar acúmulo de água e proliferação do mosquito do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Nesse sentido a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) alerta a população para que intensifique os cuidados em suas residências e locais de trabalho, eliminando os possíveis focos. O coordenador de Vigilância e Controle Ambiental de Vetores da SES-GO, Marcello Rosa, orienta as pessoas a manterem uma vigilância, no mínimo, semanal em seus imóveis para identificar e eliminar possíveis locais que possam acumular água.

    “Além dessa vigilância no dia a dia, é interessante associar comportamentos adequados como descartar corretamente o lixo para o recolhimento por parte das prefeituras; manter caixas d’água, cisternas e fossas vedadas para evitar a entrada de insetos; lavar bebedouros de animais com água, sabão e escova; colocar areia em aparadores de vasos de plantas; manter ralos e vasos sanitários fechados; calhas e grelhas sempre limpas; piscinas com tratamento adequado e quando em desuso vedadas ou vazias”, aconselha o coordenador.

    Aumento radical

    Ele explica que o Aedes se prolifera em qualquer época, desde que tenha água parada, para colocar seus ovos, e pessoas próximas, para se alimentar de sangue. Porém, o que ocorre no período chuvoso é um aumento radical da infestação, devido ao lixo descartado inadequadamente em lotes baldios, praças, logradouros ou até mesmo nos quintais. Com as chuvas, esses recipientes acumulam água; logo em seguida, os ovos eclodem e proporcionam o desenvolvimento das larvas, que, em menos de dez dias, se tornam mosquitos adultos.

    Segundo Marcello, os cuidados básicos para evitar a proliferação do mosquito é descartar o lixo para a coleta adequada pelas prefeituras, evitando que a água se acumule em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos e garrafas. O coordenador lembra ainda que é preciso colocar areia nos vasinhos de plantas, vedar caixas d’água, tambores, latões, cisternas e desentupir calhas e grelhas, para evitar que a água se acumule e possa se tornar foco do mosquito.

    Marcello também esclarece sobre a importância de a população abrir suas casas para a visita dos Agentes de Combate às Endemias, que realizam inspeção rigorosa nas residências, promovendo orientações aos moradores.

    Números

    Nas três primeiras semanas de janeiro deste ano, a SES-GO notificou 2.354 casos de dengue em todo o território goiano. De acordo com o Boletim Semanal de Dengue divulgado em 18 de janeiro, Goiânia teve 519 casos da doença, Aparecida de Goiânia registrou 335 casos e Anápolis 263,  concentrando esse três municípios os maiores números de casos da doença.

    Os maiores coeficientes de incidência de dengue (número de casos por 100 mil habitantes), contudo, foram verificados nos municípios de Lagoa Santa, Montes Claros de Goiás e Corumbaíba. Os dados correspondem à Semana Epidemiológica nº 3 deste ano, apurando dados do iníco do ano até o último dia 18 de janeiro.

    Crédito: reportagem da TBC no youtube