FAB transporta respiradores hospitalares que serão consertados pelo SENAI

Publicado em 7.04.2020 às 09:57

Respiradores mecânicos são equipamentos cada vez mais procurados em todo o mundo. Estes aparelhos, usados nos casos mais graves de covid-19. E com muitos países enfrentando o aumento do número de casos da doença, está cada vez mais difícil conseguir encontrar estes respiradores para comprar e equipar hospitais. 

Desde que o Brasil começou a ser preparar para enfrentar a pandemia, o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) se organizaram para ajudar de várias maneiras. Os Institutos SENAI de Inovação, em uma das frentes, começou, de forma voluntária e gratuita, a consertar ventiladores mecânicos que estavam quebrados em vários estados.

“Nós vimos esta boa prática do SENAI e organizamos uma rede, com a participação de várias empresas. Hoje temos 33 pontos para receber estes equipamentos mas este número ainda vai aumentar”, explica Marcelo Prim, gerente-executivo de inovação e tecnologia do SENAI. 

Em uma reunião do Conselho da Indústria de Defesa e Segurança (Condefesa), com participação do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, ficou alinhada uma ação para transportar os ventiladores mecânicos em cidades que não haveria como fazer o conserto, de graça. Nesta segunda-feira (6), em uma missão, que faz parte da Operação COVID-19, uma aeronave VC-99 da Força Aérea Brasileira (FAB) fez o transporte de medicamentos e respiradores que precisam de conserto. 

A aeronave VC-99 faz parte do Grupo de Transporte Especial (GTE) e, para atender as demandas da Operação Covid-19, foi adaptada para transportar até 4.000 kg de carga

O avião saiu de Brasília levando 2.800 doses de vacinas para Palmas (TO) e Macapá (AP) e 5 ventiladores mecânicos do Hospital da Forças Armadas (HFA) que estão quebrados para conserto. Na capital amapaense, foi carregado com 13 respiradores, que também aguardavam conserto e segui para Belo Horizonte.  

Na capital mineira, os 18 respiradores vão passar por conserto no Centro de Inovação e Tecnologia (CIT) do SENAI. O gerente-executivo de inovação e tecnologia do SENAI explica que assim que forem consertados, os respiradores voltam aos estados de origem para atender os pacientes que precisarem. “Talvez nem todos tenham conserto. De alguns pode ser retirada alguma peça para consertar outro. Mas muitos vão estar funcionando para equipar os hospitais”, diz Prim.