• Em Belém, Bruno Peixoto propõe legislação unificada sobre crédito de carbono e destaca papel dos legislativos estaduais na COP 30

    Publicado em 26.04.2025 às 18:08

    O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Bruno Peixoto (UB), participou nesta quinta-feira, 24, da 3ª Reunião Executiva da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), que aconteceu pela primeira vez em Belém (PA). O encontro marcou também a primeira reunião oficial do Colegiado de Presidentes das Assembleias Legislativas do Brasil, criado na última convenção da entidade, no Rio de Janeiro. Entre os principais temas discutidos durante o evento, esteve a preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada na capital paraense neste ano.

    Bruno Peixoto, que atualmente preside o Colegiado de Presidentes das Assembleias Legislativas do Brasil, reforçou a importância da integração entre os parlamentos estaduais e o papel estratégico da Unale na articulação de pautas nacionais. Ele enfatizou a urgência de fortalecer a atuação dos legislativos na agenda ecológica, especialmente com a proximidade da COP 30. De acordo com o chefe do Parlamento goiano, o envolvimento das Assembleias é fundamental para a formulação de políticas públicas sustentáveis, com ênfase na preservação da Amazônia e no enfrentamento dos desafios ambientais do país.

    “A preservação ambiental exige ações concretas, e as Assembleias Legislativas, como representantes diretos da população, têm um papel fundamental nesse processo. A COP 30, que será realizada em Belém, é, sem dúvidas, uma oportunidade histórica para apresentar soluções práticas e viáveis para os desafios climáticos, com especial atenção à Amazônia. Devemos focar na criação de políticas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável, respeitem as realidades locais e garantam que as futuras gerações vivam em um planeta mais equilibrado”, ressaltou Bruno Peixoto.

    Outra pauta defendida pelo presidente da Alego durante o encontro foi a construção de uma legislação unificada sobre crédito de carbono. Segundo ele, a medida visa enfrentar, de forma coordenada entre os estados, os impactos da emissão de gases poluentes e as consequências das mudanças climáticas, por meio de mecanismos que conciliem responsabilidade ecológica e desenvolvimento econômico. Para Bruno Peixoto, o crédito de carbono representa uma alternativa viável e equilibrada, capaz de assegurar recursos para os produtores rurais, inclusive os de menor porte, enquanto promove práticas sustentáveis no campo.

    “Essa é uma pauta prioritária, e vamos propor ao Colegiado de Presidentes a construção de uma legislação unificada sobre crédito de carbono. Precisamos enfrentar com seriedade os efeitos da emissão de gases poluentes e as consequências das mudanças climáticas, e o crédito de carbono surge como uma solução viável e equilibrada. Ao mesmo tempo, reconhecemos a importância da produção de alimentos e da manutenção da atividade agrícola, com geração de renda para os produtores. Diante disso, é fundamental a elaboração de uma proposta em todos os estados que una preservação ambiental, produtividade e sustentabilidade”, acrescentou.

    COP 30 no Brasil

    Considerado um dos maiores e mais importantes eventos globais sobre questões ambientais, a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) será realizada em novembro deste ano, em Belém (PA). Reunindo representantes de governos, empresas, organizações não governamentais e ativistas de todo o mundo, a conferência tem como objetivo discutir ações concretas para mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover soluções sustentáveis.

    Com um foco particular na preservação da Amazônia, a COP 30 será uma plataforma essencial para o debate sobre a proteção dos biomas essenciais e a implementação de políticas públicas que conciliem o desenvolvimento econômico com a responsabilidade ecológica. Espera-se que o evento resulte em compromissos globais e regionais para o enfrentamento dos desafios climáticos, reforçando o papel estratégico do Brasil, especialmente na liderança de ações para a proteção do meio ambiente.