Fieg divulga Relatório de Infraestrutura de Transporte e reforça necessidade de investimentos em Goiás

Publicado em 30.04.2025 às 18:06

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), por meio do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra), divulgou terça-feira (29/04) a décima edição do Relatório de Infraestrutura de Transporte. Atualizada anualmente, a publicação reúne diagnóstico sobre as condições do transporte rodoviário, ferroviário, hidroviário e aeroportuário no Estado de Goiás, com base em dados de fontes oficiais como Confederação Nacional do Transporte (CNT), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

De acordo com o presidente do Coinfra, Célio Eustáquio de Moura,  o relatório é uma ferramenta para embasar ações da Fieg, das empresas e do setor produtivo. “A análise dos dados mostra com clareza os gargalos e oportunidades da nossa infraestrutura de transporte. O setor industrial precisa de rodovias, ferrovias, hidrovias e aeroportos em boas condições para crescer e competir de forma eficiente. Sem logística adequada, comprometemos a competitividade do Estado”, avaliou.

O levantamento revela uma piora acentuada na qualidade das rodovias goianas. Em 2024, apenas 28% das vias foram classificadas como “ótimo” ou “bom”, contra 41% no ano anterior. Houve crescimento nas classificações “regular”, “ruim” e “péssimo”, o que impacta diretamente a segurança viária, os custos logísticos e a eficiência no escoamento da produção agroindustrial.

No transporte ferroviário, o cenário é misto: enquanto a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) apresentou queda de 21% na movimentação de cargas em 2024, a Ferrovia Norte-Sul consolidou crescimento, movimentando 7,2 milhões de toneladas no mesmo período — mais que o dobro em relação a 2021. A expansão desse modal é vista como fundamental para reduzir a dependência do transporte rodoviário e ampliar a competitividade das indústrias goianas.

Já no modal hidroviário, a movimentação de cargas pela Hidrovia Paranaíba–Paraná–Tietê segue instável, refletindo a necessidade de investimentos em infraestrutura e manutenção de canais. No transporte aéreo, o relatório aponta crescimento consistente no número de passageiros e retomada da movimentação de cargas, superando os patamares pré-pandemia.

Para o presidente da Fieg, André Rocha, o relatório reforça a importância de políticas públicas e investimentos estruturantes. “A melhoria da infraestrutura de transporte é um pilar para o desenvolvimento econômico e social de Goiás. O setor produtivo precisa de um ambiente logístico eficiente para gerar empregos, atrair investimentos e ampliar mercados. É fundamental que governo e iniciativa privada atuem juntos nessa questão”, destacou.

A publicação completa do Relatório de Infraestrutura de Transporte 2025 está disponível no site da Fieg: https://bit.ly/InfraTransporte2025.