• Mabel visita entregador ferido por fios soltos e reforça ações contra negligência em Goiânia

    Publicado em 4.05.2025 às 20:05

    O prefeito Sandro Mabel visitou neste sábado (3/5) o entregador de aplicativo Ezequiel Ferreira Maciel, que perdeu um dos dedos ao se enroscar em fios soltos na Avenida Armando de Godói, no Setor Cidade Jardim. Visivelmente sensibilizado com a situação, o prefeito conversou com Ezequiel e sua família e prestou solidariedade pelo grave acidente, que o afastará do trabalho por ao menos 30 dias.

    “É inadmissível que uma tragédia como essa aconteça por causa do descaso de empresas com a segurança da nossa população. Não vamos permitir que fiquem impunes”, afirmou o prefeito durante a visita. Ezequiel, de 38 anos, mora com o pai idoso e tem três filhos. Na noite do acidente, ele fazia uma entrega de moto quando os fios atingiram sua mão com força, decepando um dedo. A gravidade dos ferimentos impossibilitou o reimplante.

    O caso provocou comoção e reacendeu o debate sobre a presença de fios soltos nos postes da cidade. Desde janeiro, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Eficiência (Sefic), intensificou a fiscalização de empresas de telecomunicação. Nos últimos dias, 176 autos de infração foram emitidos contra companhias que mantêm fios em situação irregular.

    As empresas autuadas têm 30 dias para fazer as adequações. Caso não cumpram o prazo, a multa diária inicial é de R$ 20 mil, e o dobro do valor em caso de reincidência. Segundo o gerente de fiscalização da Sefic, João Peres Teodoro Rodrigues, 95 empresas foram notificadas. “A gente está fiscalizando diariamente e aplicando multas pesadas. O risco não é só visual, é à vida das pessoas”, destacou.

    A legislação municipal, por meio da Lei 9.785 de 2016, prevê penalidades para casos de fios soltos, não esticados ou desalinhados. A Sefic reforça que a população pode colaborar com a fiscalização por meio do canal @156, acessível pelo site e aplicativo da prefeitura, indicando locais onde há fios soltos.

    A tragédia pessoal de Ezequiel agora se torna símbolo de uma cobrança coletiva por mais responsabilidade. “Ele é um trabalhador, um pai de família que saiu de casa para buscar o sustento e voltou com uma mutilação. Isso não pode se repetir”, disse o prefeito.