Caiado destaca potencial econômico da mineração em Goiás na abertura de evento do setor
O governador Ronaldo Caiado apresentou a empresários o potencial econômico do setor de mineração goiano durante a abertura da terceira edição da Feira da Indústria de Mineração (Brasmin) e do 9º Encontro Nacional da Média e Pequena Mineração, nesta terça-feira (24/6). Em solenidade realizada no Centro de Convenções da PUC Goiás, em Goiânia, Caiado destacou a relevância dos minerais para o crescimento do estado.
“Hoje, Goiás é um estado que cresce cada vez mais no cenário nacional com uma produção cada vez maior. Além disso, tivemos um avanço com a identificação de grandes minas de terras raras, que passa a ser o metal mais disputado mundialmente”, explicou o chefe do Executivo goiano. Para ele, é necessário avançar ainda na transformação do minério, ao invés de atuar apenas como exportador do produto bruto.
“É essa tecnologia que queremos trazer para o Brasil, para que possamos gerar, junto às minas, desenvolvimento, renda per capita e qualidade de vida, aliado à responsabilidade ambiental que deve ser feita no momento da exploração mineral”, continuou Caiado, ao lembrar que Goiás já teve uma posição avançada nessa área. “A Metago, à época, fez um mapeamento e pesquisa das nossas riquezas minerais e descobrimos o quanto Goiás tem um subsolo rico. Com esse mapa geológico, foram definidas as áreas a serem exploradas”, finalizou.
Segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), Goiás desponta como referência nacional no setor, com destaque para a produção de níquel, nióbio, ouro, fosfato, calcário e água mineral. O protagonismo fez com que o estado fosse escolhido como palco dos eventos, que reúnem expoentes e empresas brasileiras e internacionais especializados na área para debater o futuro da média e pequena mineração de Goiás e do Brasil.
Números de 2023 mostram que o montante da Produção Mineral a Valores Nominais reunidos por Goiás ultrapassou os R$ 10,6 bilhões. Já em relação aos dados da Produção Beneficiada, o valor somou R$ 10,2 bilhões. No ranking nacional, o estado é o terceiro maior do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais e do Pará.
Além disso, a mineração goiana é líder no país no comparativo entre diversas commodities essenciais para a indústria e também para a transição energética, como é o caso do níquel, do nióbio e da vermiculita. Se analisados o fosfato e o cobre, o estado aparece em segundo lugar nacional, e em terceiro quando observado o alumínio.
Municípios
Entre as cinco principais cidades goianas em exploração da mineração aparecem Alto Horizonte, no Norte goiano, referência na produção de cobre; Barro Alto, no Vale do São Patrício, liderança em níquel e bauxita; Catalão, no Sul do estado, expoente em nióbio, fosfato e potássio; Ouvidor, também no Sul, em vermiculita; e Crixás, no Noroeste, com potencial em extração de ouro.
Prefeito de Goiânia e presidente do Conselho Temático de Mineração da Confederação Nacional da Indústria, Sandro Mabel sublinhou o crescimento do setor. “A mineração vai ser uma segunda agricultura no país. É só nos deixar trabalhar, porque potencial e investimento têm”, comparou.
A feira
Considerada um dos momentos mais relevantes do meio extrativista durante o ano, a Brasmin reúne mais de 200 marcas nacionais e internacionais e espera, em 2025, superar a marca do ano passado de mais de 170 expositores, seis mil visitantes qualificados e cifra milionária em negociações. O evento segue até a próxima quinta-feira (26/6), com foco na difusão de tecnologia e boas práticas em automação, segurança, logística, energias renováveis e transformação digital.
Já o Encontro Nacional da Média e Pequena Mineração propõe ser um espaço dedicado ao debate do papel estratégico de empresas no setor mineral. O objetivo é aumentar a visibilidade de pequenos e médios mineradores para a inclusão em políticas públicas. Os eventos são realizados conjuntamente pela Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM), Sindicato das Indústrias de Mineração de Goiás e do Distrito Federal (Minde), Proma Feiras e Revista Brasil Mineral.
O diretor-executivo da ABPM, João Luiz Nogueira, ressaltou que Goiás foi escolhido como sede dos eventos diante do crescimento econômico contínuo e do apoio dado pelo governo do Estado. “É um estado que, a cada ano, vem crescendo mais ainda no setor mineral. Goiás está hoje entre os dez maiores PIB do Brasil e para nós da mineração é uma honra estar aqui”, comentou.
Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), André Rocha, destacou que “não poderíamos ver como mais estratégica a escolha de Goiás para sediar esse debate por ser um dos estados mais dinâmicos e inovadores do país, liderando a produção de diversos minerais”.