Em funcionamento há 12 dias, HCamp já recebeu 140 pacientes
Em funcionamento há 12 dias, o Hospital de Campanha para Enfrentamento ao Coronavírus (HCamp), localizado em Goiânia, já atendeu 140 pacientes. O diretor da unidade e médico infectologista, Guillermo Sócrates, disse que desse total, 74% dos pacientes já receberam alta e houve nove mortes, sendo que uma delas testou negativo para coronavírus e outras aguardam exame. “Temos um caso descartado e os demais estão em investigação. Devemos comunicar, assim que o Lacen encaminhar o laudo, se houve ou não óbito por covid-19”, disse Sócrates à rádio Sagres 730.
O hospital tem 406 profissionais: 89 médicos de diversas especialidades como infectologia, radiologia, cardiologia, pneumologia, cirurgia torácica, medicina intensiva, nefrologia e clínico geral. Equipe multiprofissional com 293 funcionários entre fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos em enfermagem, odontólogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas.
A estrutura do Hospital de Campanha para Enfrentamento ao Coronavírus possui um Setor de Imagens com duas tomografias, dois aparelhos de Raio-X portáteis, dois aparelhos de ultrassonografia e ecocardiografia mais laboratório de análises clínicas.
O diretor-geral explicou que um hospital de campanha é diferente de uma unidade comum. “O que se lê Unidade de Terapia Intensiva, nós chamamos de Unidades Críticas. As enfermarias, são chamadas de Unidades Semicríticas. Então existe uma diferença em relação à isso”. Guillermo destacou que, como existe apenas dois tipos de leitos, a estrutura foi ampliada e pode chegar até 70 leitos na Unidade Crítica, serão 140 leitos na Unidade Semicrítica.
Guillermo Sócrates afirmou que o hospital está seguindo a “literatura”, ou seja, 80% dos pacientes que testam positivo para covid-19 tem sintomas leves da doença e poderão ser acompanhados em domicílio fazendo quarentena e o acompanhamento com medicamento sintomático. Em torno de 14% dos pacientes precisarão de cuidados hospitalares. Cerca de 5% são pacientes que podem evoluir para gravidade. “No Hcamp a estatística mostra uma proporcionalidade em relação a isso, quase 75% dos nossos pacientes conseguiram ser encaminhados para casa”, detalhou.