• Cresce o número de mulheres em cargos de alta e média gestão no Brasil

    Publicado em 11.11.2025 às 18:04

    Nos últimos anos, o Brasil registrou 38% de mulheres em cargos de liderança — maior índice da série histórica,  segundo pesquisa liderada pela Grant Thornton, nas funções de alta e média gestão como CEOs e Diretorias das grandes corporações empresariais. São essas funções que definem a estratégia geral, o crescimento e a lucratividade, enquanto a média gestão são os gerentes intermediários que traduzem essas estratégias em táticas e as implementam no dia a dia, servindo como ponte entre a alta liderança e os colaboradores
    Dados do IBGC reforçam a pesquisa, embora ainda não exista uma equidade sólida entre os gêneros, 15,8% dos assentos nos conselhos de administração pertencem a mulheres. Essa curva de crescimento pode ser apontada pelo alto nível de resiliência emocional: 29% das mulheres se consideram vivendo uma vida plena, número levemente superior ao índice masculino. A leitura dos dados sugere que, embora mais pressionadas, elas seguem liderando e produzindo resultados mesmo sob maior carga emocional.

    Enquanto o mercado corporativo brasileiro avança de forma gradual na inclusão feminina, algumas empresas se consolidam como referência nacional em equidade e liderança humanizada. Para Evandro Tokarski, fundador de uma grande rede de Farmácias no Brasil e referência em gestão, os números refletem uma filosofia consolidada em quatro décadas: “Liderar é cuidar. Empresas não existem apenas para produzir resultados, mas para apoiar pessoas a alcançarem o melhor de si.”Ele afirma que promover mulheres ao topo não se trata de concessão, mas de lógica empresarial: “Onde existe acolhimento e pertencimento, existe produtividade e inovação. Nosso papel é oferecer condições para que cada pessoa cresça — e as mulheres sempre demonstraram capacidade extraordinária para liderar com estratégia, empatia e preparo técnico.”

    Perfil Evandro Tokarski
    Farmacêutico formado pela Universidade Federal de Goiás, é fundador da Farmácia Artesanal e referência no setor de manipulação farmacêutica no país. Com mais de 40 anos de trajetória empresarial e 70 anos de vida, dedicou sua carreira ao desenvolvimento humano, à inclusão e à gestão ética. Fez especializações em instituições como FGV, Fundação Dom Cabral, PUC e USP. Atuou por mais de uma década em iniciativas de inclusão para pessoas com deficiência e esteve ligado ao esporte paralímpico brasileiro no ciclo que levou atletas à Paralimpíada de Seul (1988).