Alego recebe Banco Vermelho Gigante, símbolo do enfrentamento ao feminicídio
A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) recebe, nesta sexta-feira (19), às 15 horas, o Banco Vermelho Gigante, iniciativa do Instituto Banco Vermelho voltada à conscientização e ao enfrentamento da violência contra a mulher. A ação reforça o compromisso com o feminicídio zero e integra as políticas públicas de prevenção e combate a esse tipo de crime.
O feminicídio segue como uma grave realidade no Brasil. Mesmo diante de avanços legais e institucionais, os índices de violência letal contra mulheres permanecem elevados, revelando a urgência de ações contínuas de conscientização, prevenção e enfrentamento. O Banco Vermelho surge, nesse contexto, como um instrumento de alerta social e de mobilização coletiva frente a um problema que atinge mulheres de todas as idades, classes sociais e regiões do país.
Instalado em local de grande circulação, o Banco Vermelho Gigante utiliza um objeto de forte impacto visual e caráter educativo para chamar a atenção da sociedade. A proposta da ação é simples e simbólica: sentar, refletir, levantar e agir. Ao sentar no banco, o cidadão é convidado a refletir sobre a violência contra a mulher; ao levantar, assume o compromisso de agir, seja por meio da denúncia, do apoio às vítimas ou da promoção de uma cultura de respeito e igualdade.
O equipamento é acompanhado por materiais de apoio, como placa informativa com orientações sobre os tipos de violência contra a mulher, medidas de prevenção, informações sobre programas desenvolvidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), além dos canais oficiais de denúncia, como o Ligue 180. Esses materiais fortalecem o caráter educativo da iniciativa e ampliam o acesso da população a informações essenciais para o enfrentamento da violência.
O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Bruno Peixoto, destaca a importância da ação como instrumento de conscientização e transformação social. Segundo ele, iniciativas como o Banco Vermelho reforçam o papel do Poder Legislativo na defesa da vida das mulheres, no fortalecimento das políticas públicas de proteção e no estímulo ao engajamento da sociedade no combate a todas as formas de violência contra a mulher.
O Instituto Banco Vermelho é uma organização sem fins lucrativos e suprapartidária, criada pelas pernambucanas Andrea Rodrigues e Paula Limongi, que perderam amigas para o feminicídio. A instituição atua de forma contínua na promoção da conscientização e da prevenção por meio de ações educativas, palestras, intervenções urbanas, uso de tecnologia, projetos de lei e outras iniciativas voltadas à proteção e à preservação da vida das mulheres.
Entre as conquistas já alcançadas, destaca-se a transformação do Banco Vermelho em lei federal. Em 2024, foi sancionada a Lei nº 14.942/2024, que determina a instalação do equipamento em locais públicos de grande circulação em todo o país. Atualmente, 13 estados brasileiros já contam com a estrutura, além de uma unidade instalada no Senado Federal, ampliando o alcance da iniciativa e consolidando o Banco Vermelho como política pública permanente.
Em Goiás, a ação é realizada pelo Goiás Social, em parceria com o Instituto Banco Vermelho. O Banco Vermelho é um símbolo internacional de conscientização e combate à violência contra a mulher e ao feminicídio. A cor vermelha representa, simbolicamente, o sangue derramado pelas vítimas, enquanto o banco, disposto em espaços públicos, funciona como um alerta permanente e um chamado à responsabilidade coletiva na defesa da vida das mulheres.