• Em mensagem de Páscoa, Papa Francisco alerta para risco da “indiferença” em relação aos excluídos

    Publicado em 12.04.2020 às 14:59

    O Papa Francisco dedicou sua mensagem de Páscoa, antes da bênção ‘Urbi et Orbi’ (à cidade de Roma e ao mundo), às vítimas da covid-19, em missa realizada na Basílica Vaticana, sem a presença de público. Em sua fala, lembrou das pessoas que foram contaminadas pelo coronavírus e também seus familiares.

    “Para muitos, é uma Páscoa de solidão, vivida entre lutos e tantos incômodos que a pandemia está causando, desde os sofrimentos físicos até aos problemas econômicos”, disse, destacando ainda que é preciso ter mais atenção com os segmentos sociais em geral excluídos

    “Não sejam deixados sozinhos os irmãos e irmãs mais frágeis, que povoam as cidades e as periferias de todas as partes do mundo. Não lhes deixemos faltar os bens de primeira necessidade, mais difíceis de encontrar agora que muitas atividades estão encerradas, bem como os medicamentos e sobretudo a possibilidade duma assistência sanitária adequada.”

    O líder religioso atentou para o perigo da indiferença em meio à pandemia. “Este não é tempo para a indiferença, porque o mundo inteiro está a sofrer e deve sentir-se unido ao enfrentar a pandemia. Jesus ressuscitado dê esperança a todos os pobres, a quantos vivem nas periferias, aos refugiados e aos sem-abrigo”, destacou.

    O pontífice recordou em particular os idosos e as pessoas sozinhas, além dos que trabalham em lares de idosos ou vivem em quartéis e prisões, m “condições de particular vulnerabilidade” diante da possibilidade de contágio pelo coronavírus.

    Ele também orou pelos médicos e profissionais de enfermagem, que “oferecem um testemunho de solicitude e amor ao próximo até ao extremo das forças e, por vezes, até ao sacrifício da própria saúde”, e por aqueles que trabalham para garantir os serviços essenciais necessários à sociedade.

    Solidariedade internacional

    Em sua mensagem, Papa Francisco defendeu o abrandamento de sanções internacionais para que os Estados tenham melhores condições de combater os efeitos da pandemia, assim como uma redução ou mesmo perdão da dívida dos países mais pobres. “Este não é tempo para egoísmos, pois o desafio que enfrentamos nos une a todos e não faz distinção de pessoas.” 

    O pontífice voltou a pedir um cessar-fogo global e imediato de todos os conflitos no mundo e repetiu a exortação que já havia feito na vigília pascal. “Este não é tempo para continuar a fabricar e comercializar armas, gastando somas enormes que deveriam ser usadas para cuidar das pessoas e salvar vidas.” (Rede Brasil Atual)

    Com informações de Agência Ecclesia e Vatican News