Adial cobra mais diálogo com o governo para retomada de atividades comerciais e industriais
Lideranças e entidades do comércio e da indústria seguem trabalhando em cima de medidas que possam flexibilizar as restrições das atividades, em meio à pandemia do coronavírus. O presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial), Otávio Lage Filho, admite a proposta citada por Ronaldo Caiado (DEM) para flexibilização regionalizada e gradativa das atividades econômicas de acordo com o avanço da covid-19 no Estado.
O presidente da Fieg, Sandro Mabel, já defendido esta medida quando o governo estadual decidiu prorrogar o decreto restritivo, pelo menos em cidades do interior onde não havia casos de coronavírus. Em entrevusta na Sagres 730, Otavinho reclamou que o governador tem ignorado até agora as sugestões feitas por representantes que lidam diretamente com o impacto da pandemia na economia.
Nos bastidores, empresários reprovam reuniões de exclusiva apresentação das ideias, sem qualquer resposta do governador. “O governo tem procurado fazer esse diálogo dentro das suas limitações e não tem atendido a expectativa do setor produtivo. É questão de se conversar. Temos nova abertura com o secretário Wilder Morais para reativar um grupo para pensar a retomada e podemos dar boas ideias”, disse o presidente da Adial.
Otavinho ainda revelou que, na última reunião presencial com o Fórum Empresarial, não havia representação da Secretaria da Economia. “Além disso, o comitê que foi criado tem só um representante nosso”.
Segundo ele, falta ainda definir como a interlocução entre setor produtivo e governo será realizada. Depois de Adriano da Rocha Lima (Desenvolvimento) e Fabrício Amaral (Turismo), Otávio Lage cobra: “cada hora tem um interlocutor. É preciso definir quem vai falar e levar as questões ao governo”. A Adial prevê que, independente dos números finais da pandemia, 2020 será perdido na economia goiana, com PIB negativo. Volta à normalidade, talvez, em 2022.