Cartilha da GoiásFomento orienta como pleitear crédito durante a pandemia
Nesta época de pandemia, empreendedores goianos de micro, pequeno e médio portes, além de microempreendedores individuais (MEI), podem se informar sobre as linhas de crédito disponíveis na GoiásFomento e também como pleitear acesso aos recursos por meio de uma cartilha, disponível no site da instituição financeira (http://www.goiasfomento.com/).
A informação é do presidente da GoiásFomento, Rivael Aguiar, que concedeu entrevista na manhã desta segunda-feira, 13, ao radiojornal O Mundo em sua Casa das Rádios Brasil Central AM e FM. No mês passado o Governo de Goiás, por meio da Agência de Fomento, disponibilizou montante de R$ 500 milhões, em cinco linhas de crédito distintas, para os empreendedores goianos nesse momento da pandemia. Rivael estima que será possível atender em torno de 10 mil empreendimentos.
O radiojornal O Mundo em sua Casa foi apresentado por Marcelo Cabral e Rafael Mesquita. Eles questionaram Rivael sobre como a Agência de Fomento está realizando o atendimento aos clientes nesse período de isolamento social determinado pelo avanço do coronavírus. “Estamos fazendo o atendimento on line, por telefone e por e-mail”, disse o presidente. Segundo ele, se o interessado acessar o site da GoiásFomento, encontrará um link que dá acesso à cartilha, que contém informações para dirimir dúvidas e ainda poderá avaliar as linhas de financiamento mais adequadas.
O empreendedor pode fazer o download dos formulários e preenchê-los. Tem ainda um link onde é possível fazer o upload de todos os documentos que ele precisa enviar, explicou o presidente da GoiásFomento. Em caso de dúvidas, ele pode buscar atendimento telefônico pelo telefone (62) 3216-4900 ou pelo e-mail [email protected]. Se for necessária consultoria, estão disponíveis ainda os canais de atendimento do Sebrae e da Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços.
Linhas de crédito
As linhas de crédito da Goiás Fomento são as seguintes: uma específica para o setor do turismo, que atende os estabelecimentos localizados nos 78 municípios goianos que fazem parte da Rota do Turismo e tenham o Cadastur. Outra linha de financiamento é específica para pessoa física, no valor de até R$ 15 mil.
Rivael citou também o Microcrédito Pessoa Jurídica, que oferece até R$ 21 mil; e o Crédito Produtivo, uma linha que vai de R$ 1 mil a R$ 80 mil. Outra opção é o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).
Sobre as taxas de juros e prazos de pagamento, Rivael Aguiar informou que na linha de crédito do Turismo é de 7% ao ano mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com prazo de até 48 meses para pagar com seis meses de carência. No FCO, os juros são pós-fixados, em média 6,48% ao ano, com 36 meses de prazo de pagamento e 6 meses de carência. Nas outras linhas (Microcrédito e CredFomento) os juros são de 1,44% ao mês, com um ano para pagar.
Quanto às garantias, Rivael Aguiar explicou que até R$ 50 mil não é exigida garantia real. O próprio sócio é avalista da empresa, ou ele pode também trazer algum avalista. Se tiver imóvel, também pode utilizar. “A gente só não exige (o imóvel) como obrigatório”, disse. Em financiamentos com valores acima de R$ 50 mil é exigida garantia real, afirmou.
Nota da GoiásFomento
Em nota enviada à ABC Digital, a Gerência de Comunicação da Goiás Fomento informou que, na última quarta-feira, 8, o presidente Rivael conversou por videoconferência com o presidente da Associação dos Lojistas da 44, Jairo Gomes, tratando sobre a liberação das linhas de crédito emergenciais que tem como principal público o perfil dos microempresários da Região 44. Rivael explicou, seguindo a orientação do governador Ronaldo Caiado, que a Agência promoveu uma importante desburocratização dos processos, facilitando o acesso às linhas de crédito operadas pela GoiásFomento.
Entre as medidas estão o fato de a Agência de Fomento não estar mais exigindo a taxa de alvará de 2020, só de 2019. Também não está mais exigindo a licença ambiental e nem questionário socioambiental para empréstimos até R$ 100 mil. As exigências de certidões, garantias e SPC-Serasa para concessão de crédito obedecem às normas do Banco Central. A GoiásFomento informa ainda que solicitou junto ao Banco do Brasil autorização para operar a linha de crédito do FCO para capital de giro, com juros de 2,5% ao ano e carência até dezembro de 2020.
Desde o último dia 23 de março, quando foi autorizada a liberação dos R$ 500 milhões de reais para as linhas de crédito emergenciais, até a última quinta-feira, 9, já foram aprovados R$ 8,2 milhões de empréstimos, a juros reduzidos e alguns subsidiados. Também neste período, a GoiásFomento já recebeu mais de R$ 23 milhões em propostas que estão em análise. Outros R$ 10 milhões aguardam o Fundo de Aval, um seguro de crédito para quem não tem avalista. Para o fundo de Aval, a GoiásFomento está fechando detalhes com a Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços, informa a nota.