• Em live, governador sinaliza que a partir do dia 20 flexibilizará a abertura para alguns setores da economia

    Publicado em 14.04.2020 às 14:45

    “Dia 20, na segunda-feira,  é o momento onde estamos trabalhando para elaborar protocolos e um decreto que vamos flexibilizar algumas atividades da área econômica, para que voltem a trabalhar gradualmente”. Desta forma, o governador Ronaldo Caiado sinalizou que o novo decreto de quarentena para Goiás nesse período de pandemia da Covid-19 trará a flexibilização para setores da economia que até agora estavam paralisados. “Eles terão de cumprir exigências que nós vamos lutar para que sejam dadas, tanto ao trabalhador quanto ao cliente a condição de ter garantias mínimas para não se contaminar”. A informação foi dada em live nesta segund-feira, dia 13, a partir do Palácio das Esmeraldas aos veículos de comunicação da Agência Brasil Central (ABC).

    Uma dessas exigências, segundo o governador, será o obrigatório uso de máscara e que circular sem máscara vai infringir o decreto. Ele disse querer a responsabilidade de todos para não contaminar os outros e nem se contaminar e citou exemplo dos motoristas de praça e de ônibus, observando que é inadmissível que circulem em seus veículos sem usar máscara, que deveria se tornar um hábito, pois é um equipamento simples e fundamental para evitar o contágio.

    Trabalho de casa

    Caiado informou que Goiás tem feito o seu trabalho de casa, “mantendo o fundamental, que é o atendimento ao cidadão que necessita”. Ele se mostrou chocado com as imagens apresentadas de Nova York, com a quantidade de pessoas sendo enterradas de uma maneira assustadora e que a luta toda em Goiás hoje é para que isso não aconteça por aqui. “Quero lutar com o apoio do cidadão. Os que cobram hoje por flexibilização, certamente vão me cobrar se o estado não atender a todos”, observou, acrescentando que esse mesmo estado de desumanidade com os mortos se verifica também no Equador e que Manaus já chegou no limite.

    Mostrando com exemplos que essa não é uma situação simples, falou do que está acontecendo hoje no Amapá, em Fortaleza, no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde o processo de contágio se acelerou e está ficando cada vez mais complicado, por isso mesmo é importante a quarentena e a abertura devagar “para não termos o crescimento muito grande de contaminados”. Observou que a pessoa que não é do grupo de risco precisa ter muito cuidado também, porque se torna um transmissor de grande risco e que pode provocar um crescimento exponencial do número de casos da doença.

    Aproveitou a oportunidade para agradecer a todas as pessoas que estão empenhadas em ajudar, com seu espírito de solidariedade, as outras pessoas que estão mais precisando neste momento, com doações e voluntariado, e incluiu nesses agradecimentos também os deputados estaduais, que nesses dias aprovaram projetos importantes, porque o governo do Estado “terá de se virar” para poder arcar com mais despesas. “Trazemos para o Estado a responsabilidade que os governos anteriores não assumiram, a regionalização da saúde. Usavam a ambulância para achar uma vaga”, reafirmou, acrescentando que já estadualizou sete hospitais, que atenderão com recursos oriundos do caixa do governo estadual.

    Mandetta

    Falou também da amizade que tem com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que como ele é ortopedista e que são amigos de longa data, inclusive tendo estudado juntos no Rio de Janeiro. “Sábado estivemos em Águas Lindas e conseguimos com o presidente Bolsonaro e o ministro Mandetta o hospital de campanha”, que já tem pronta toda parte da estrutura para atender os médicos e equipe de apoio da saúde. Disse ainda que a entrega do arcabouço maior, que está sendo montada, deverá ser em breve, com uma rede de esgoto preparada, para chegar à rede de esgoto normal da cidade, com tratamento químico e tudo mais.

    “O ministro Mandetta é meu amigo pessoal. Somos duas pessoas que convivemos muitos anos, convivência em um ambiente familiar. Falamos dos assuntos que estão em pauta. Ele é uma pessoa da minha intimidade. Somos do mesmo serviço de ortopedia” e por isso o convidou para passar uma parte da Páscoa com ele no Palácio das Esmeraldas. Falou também dos números de contaminados em Goiás e citou novamente a preocupação com Goiânia, cujo isolamento caiu para abaixo de 50%, e o Entorno do Distrito Federal, citando desta vez também Anápolis e Goianésia, mesmo Goiás ainda estando em primeiro lugar no Brasil no ranking de isolamento social.