Fieg expõe à Alego plataforma que garante reinício seguro dos negócios
Por meio de videoconferência, a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) apresentou aos deputados que compõem a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), na tarde desta quinta-feira (16), um plano estratégico destinado a balizar o retorno das atividades produtivas dos diversos segmentos da economia, interrompidas para conter o avanço da Covid-19. Dos 41 deputados estaduais da casa, 38 prestigiaram a apresentação, tiraram dúvidas, fizeram perguntas sobre o projeto, que recebeu inúmeros elogios.
“Vamos ajudar aqueles que querem fazer a retomada com responsabilidade, sem qualquer custo, exatamente para ajudar a salvar vidas e também os empregos e garantir aos pais de família o sustento de suas casas. A plataforma visar aliar a saúde, em primeiro lugar, mas com a economia também funcionando, senão as mortes no futuro, pós-corona, serão muito mais elevadas do que durante o coronavírus”, afirmou o presidente da Fieg, Sandro Mabel. “As pessoas estão inquietas pela cidade (Goiânia), andando e trabalhando sem rumo, sem disciplina. Essa plataforma permitirá a volta às atividades com controle do governo por meio das autoridades sanitárias”, reforçou.
Acompanhado pelo deputado Talles Barreto, do presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás, Marcelo Baiocchi, e do superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Goiás), Humberto Oliveira, o presidente da Fieg apresentou a plataforma aos deputados (print da vídeoconferência à esquerda).
“Ficamos felizes por um projeto desses ter nascido aqui em Goiás e é necessária uma retomada das atividades com disciplina e critérios”, afirmou Talles Barreto. “Economicamente, estão todos passando dificuldades. Têm muitas pessoas sem dinheiro para comer, mas que também não podem contrair o coronavírus. Mas há cidades no interior, que não tiveram casos ou apenas suspeitas e poderiam ter um tratamento de abertura diferenciado. Esta plataforma pode oferecer isso”, completou Barreto, direcionando-se ao presidente da casa, Lissauer Vieira, e aos demais colegas.
Marcelo Baiocchi corroborou as afirmações de Sandro Mabel e Talles Barreto observando que a busca da Fieg, da Fecomércio e das instituições que compõem o Fórum das Entidades Empresariais de Goiás, buscam o controle da pandemia e da atividade econômica. “Estamos defendendo vidas, tanto pela questão da contaminação, quanto aqueles que estão sem emprego, sem dinheiro. Não estamos defendendo empresas, mas pessoas”, salientou Baiocchi, informando que Goiás já perdeu 30% de arrecadação no comércio desde a paralisação por conta da pandemia.
A Fieg investiu cerca de R$ 1,5 milhão na elaboração do projeto, idealizado por Sandro Mabel, e vai disponibilizá-lo gratuitamente às autoridades competentes que desejarem utilizá-la. A plataforma já despertou interesse dos governos Federal, de estados como Paraná, Ceará, Mato Grosso, além das prefeituras de Aparecida de Goiânia e Campo Grande. O projeto já foi apresentado a todos e diariamente continua a ser explicado a diferentes autoridades interessadas em todo o País.
O QUE É A PLATAFORMA
Parte do Projeto para Retomada Responsável dos Negócios, uma plataforma responsiva foi desenvolvida pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL Goiás), uma das entidades que integram o Sistema Fieg. Ela é usada por meio de telefone celular, desktop, tablet e notebook e estabelece protocolos sanitários necessários à saúde e segurança no ambiente de trabalho, cruzando informações cadastrais das empresas com dados das Secretarias de Saúde para a liberação do retorno ao trabalho mediante o cumprimento de exigências das autoridades de saúde.
O sistema permite que as empresas possam ter autorização de funcionamento de sua atividade econômica por meio de um termo de compromisso, que deve ser impresso e assinado. Nesse documento, a empresa tem de atender a uma série de requisitos sob pena de sofrer sansões determinadas por lei, caso os mesmos não sejam cumpridos. O empresário deve acessar o sistema, fornecendo um e-mail previamente cadastrado e o CNPJ de sua empresa. O programa filtra a atividade econômica, a região e a operação de acordo com a permissão determinada pelo governo do Estado em conjunto com entidades empresariais.
Após a validação de todos os dados, se a empresa se enquadrar nos parâmetros, será disponibilizado para impressão o termo de compromisso personalizado e que deve ser assinado pelo responsável e afixado em local visível.