• Arthur Virgílio critica Bolsonaro por medidas anti-isolamento em entrevista ao The Wall Street Journal

    Publicado em 17.04.2020 às 10:34

    Com fortes impactos na saúde pública e na economia, a crise causada pela pandemia da Covid-19 é global e as dificuldades para conter a propagação e os efeitos sociais o novo coronavírus têm sido um problema partilhado pelos governantes. “O presidente [Jair Bolsonaro] está nos enviando para uma batalha contra um inimigo que não conhecemos e cujos métodos não sabemos”, disse o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, em entrevista ao The Wall Street Journal.

    Vivenciando o colapso no sistema público de saúde do Amazonas e a falta de leitos para atender a demanda de pacientes infectados, o prefeito têm defendido, em suas redes sociais e com medidas suspensivas a atividades e eventos não essenciais, a importância do isolamento social para que o país e Manaus possam superar o contágio da doença.

    “O presidente precisa admitir que ele estava errado e assumir a liderança… Ele tem que ir à TV e dizer que estava errado, que o isolamento é necessário para aliviar os hospitais e a economia”, defendeu Arthur em entrevista por telefone.

    A publicação mostra o cenário de outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo, e aponta que a economia brasileira deverá contrair 5,3% este ano, citando dados do Fundo Monetário Internacional.

    Para o prefeito de Manaus, o que Jair Bolsonaro precisa entender é que “quanto mais as pessoas estiverem nas ruas, mais doentes irão ficar e menos irão produzir”, ponderou, acrescentando que é engano acreditar em renomada da economia nesse período. “Por outro lado, quanto mais o governo federal criar medidas assistenciais que possam manter a população em casa mais rapidamente poderemos achatar a curva de transmissão e, com responsabilidade, reabrir indústrias e comércios”, completou Virgílio.

    Hospital de Campanha

    O Hospital de Campanha Municipal Gilberto Novaes também foi destaque na matéria do periódico nova-iorquino, exibindo a cápsula de ventilação não invasiva, chamada de “método Vanessa”, e que foi desenvolvida pelo Grupo Samel, responsável pela administração da unidade.