Novo decreto de Caiado vai liberar atividades comerciais
O governador Ronaldo Caiado deve liberar, com restrições, mais atividades comerciais no próximo decreto de isolamento social no combate à covid-19, que valerá a partir da próxima segunda-feira (20). Em entrevista ao jornal O Popular, o governador afirmou que vai flexibilizar as restrições por causa da melhoria da estrutura hospitalar.
“A quantidade de leitos que tenho hoje nos dá condições de ir para um estágio acima…Não precisamos de fato ter a mesma rigidez necessária em Goiânia e no Entorno do Distrito Federal em Aparecida de Goiânia, por exemplo, onde temos menos casos. Esse mapeamento de cidade em cidade é relevante. E o decreto vai dizer que as medidas podem ser alteradas a qualquer momento”, disse Caiado.
Outro ponto apontado por Caiado na entrevista para motivar a liberação de outros setores da economia é o efeito das medidas que foram adotadas a partir do primeiro decreto estadual, publicado no dia 13 de março, que definiu situação de emergência na saúde pública em Goiás.
Caiado adiantou que o próximo decreto será mais no sentido de orientar as ações, inclusive aos prefeitos, que terão mais autonomia para definir as medidas de combate ao novo coronavírus.
“Pela decisão do Supremo, o meu decreto vai ser muito mais orientador. Foi bom o Supremo decidir isso. Não tem como você fazer um texto só que atenda os 246 municípios. Vai dar ao prefeito a autonomia para estabelecer seu plano de contingência e monitorar a tendência de contaminação. Não vai poder é ser irresponsável e depois sair correndo para ocupar leitos de quem foi responsável”, explicou Caiado.
O governador também disse que os colégios estaduais e grandes indústrias em Goiás continuarão a ter seus funcionamentos decididos por ele. “E eu não vou fazer nada que não seja embasado em estudos técnicos, da UFG, do Instituto Mauro Borges”, contou.
Segundo Caiado, o novo decreto terá dezenas de páginas com dados técnicos e recomendações aos prefeitos, que terão autonomia para definir as medidas. “O prefeito que não aceitar e quiser ampliar ou restringir, pode, considerando o nível de contaminação. É uma curva com a qual o prefeito vai ter de ter juízo. Ele terá capacidade de absorver? Se não tiver, vai responder depois ao Ministério Público e à Justiça.