Música une milhões de pessoas no mundo todo para apoiar trabalhadores contra COVID-19

Publicado em 20.04.2020 às 20:36

O especial One World Together At Home reuniu no sábado (18) alguns dos maiores músicos e artistas do mundo para celebrar os trabalhadores de todo o planeta que lutam contra a pandemia de COVID-19.

O evento foi organizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pela iniciativa Global Citizen e pela artista norte-americana Lady Gaga, que definiu o espetáculo como “uma carta de amor ao mundo”.

Centenas de pessoas participaram do espetáculo que juntou música com depoimentos de trabalhadores de saúde de todo o mundo e das comunidades que os apoiam.

Ao longo de mais de oito horas, participaram artistas de várias gerações, incluindo Rolling Stones, Stevie Wonder, Billie Eilish, Paul McCartney, Beyoncé, John Legend, Lizzo, Jennifer Hudson, Taylor Swift e Elton John.

Em mensagem, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o mundo enfrenta “uma crise como nenhuma outra” e precisa se unir para superá-la.

O chefe da ONU contou que, “através da linguagem universal da música”, o mundo saudava “a bravura e o sacrifício de heróis na área da saúde e outras.”

Guterres repetiu o seu pedido de um cessar-fogo global, dizendo que este é necessário para que o mundo “se concentre no inimigo comum, o vírus.”

Ele afirmou ainda que, unidos, derrotaremos o vírus e reconstruiremos “um mundo mais justo, como cidadãos globais unidos e nações unidas.”

Falando no início do evento, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Tijjani Muhammad-Bande, disse que “a solidariedade tem sido a primeira e melhor linha de defesa” nos 75 anos das Nações Unidas.

Segundo ele, os funcionários de saúde e todos os trabalhadores essenciais “personificam o melhor da humanidade, ao cuidar dos mais vulneráveis, muitas vezes com grandes sacrifícios pessoais.”

Vulneráveis

A vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, também participou, lembrando o tema da campanha para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), de “não deixar ninguém para trás”.

Lembrando que “a COVID-19 é uma ameaça para as pessoas em todos os lugares”, ela pediu que o mundo “continue lutando unido para impedir a pandemia, apoiar os mais vulneráveis e recuperar melhor, em solidariedade”.

Encerrando a noite, o chefe da OMS, Tedros Ghebreyesus, descreveu o último número, com Lady Gaga, Celine Dion, John Legend, Andrea Bocelli e Lang Lang cantando “Prayer”, como “um belo final para um concerto importante, que trouxe solidariedade, compaixão, arte e humor a milhões de pessoas, por muitas horas e fusos horários”.