“Indústria não terá dificuldade de se adaptar”, diz Mabel sobre novo decreto
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, classificou a flexibilização do decreto do governo estadual como “um bom começo” para os empresários. Em live realizada na tarde desta segunda-feira (20/4), Mabel avaliou que as exigências estabelecidas no documento para que as atividades econômicas sejam retomadas, como o uso de máscaras e higienização periódica, não serão problema. “A indústria não terá dificuldade de se adaptar”, disse.
De acordo com o presidente da Fieg, o plano estratégico destinado a balizar o retorno das atividades produtivas dos diversos segmentos da economia, interrompidas para conter o avanço da covid-19, segue à disposição do Estado. “Essa plataforma vai ajudar muito. A prefeitura de Aparecida de Goiânia, por exemplo, já adotou e começa a implantar na semana que vem”, conta. “Se alguma cidade estiver aumentando o problema [avanço da doença], por exemplo, poderemos ter o controle disso”, acrescenta. Idealizada pelo próprio presidente da Fieg, a plataforma responsiva foi desenvolvida pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL Goiás), uma das entidades que integram o Sistema Fieg. Segundo a Federação, ela é usada por meio de telefone celular, desktop, tablet e notebook e estabelece protocolos sanitários necessários à saúde e segurança no ambiente de trabalho, cruzando informações cadastrais das empresas com dados das Secretarias de Saúde para a liberação do retorno ao trabalho mediante o cumprimento de exigências das autoridades de saúde. “Não é fechar cidade ou abrir cidade, mas avaliar por bairros pra saber o que tem que ser fechado”, diz. Mabel afirma que, de maneira geral, as atividades econômicas vão demorar alguns dias para sentir o retorno da retomada das atividades, principalmente em razão dos feriados. Mas, conforme destacou, a flexibilização fará com que os cuidados sejam, de fato, tomados para evitar a propagação do novo coronavírus. “Muitos empresários estavam funcionando de portas fechadas porque não estavam conseguindo mais se manterem fechados e, com isso, muitos não estavam cumprindo as medidas de segurança como deveriam. Agora, com essas autorizações, teremos pessoas abrindo com máscaras e com as devidas medidas de limpeza”. Grupos de risco Para Mabel, apesar do avanço no que diz respeito à flexibilização, há ainda ajustes a serem feitos. “Tinha que ter uma atenção maior às pessoas do grupo de risco. Essas pessoas não podem correr risco de serem demitidas, como já aconteceu com alguns. Isso nos preocupa muito. Estão deixando o grupo de risco sem a proteção que ele precisa […] Se eles não tiverem garantias, ele não vão ficar em casa. Eles vão procurar um bico, um emprego, alguma coisa”, avalia. “Vamos fazer uma campanha nesse sentido na indústria, para evitar prejuízos a esse grupo”, completa. (Com informações de Adriana Marinelli, site A Redação)