“Serei defensor intransigente da vida” diz Caiado
“Serei defensor intransigente da vida”. Com esta frase, o governador Ronaldo Caiado resumiu todo o seu empenho em atuar como condutor de um processo espinhoso de preservar a população goiana da pandemia do novo Coronavírus. Em live aos veículos de comunicação da Agência Brasil Central (ABC), ele enfatizou a atitude de prorrogar o isolamento social no Estado, optando por uma abertura criteriosa e baseada em dados científicos, com o apoio de técnicos e cientistas do Instituo Mauro Borges, Universidade Federal de Goiás e das secretarias de Economia, Desenvolvimento e Inovação e Saúde.
Aproveitou para fazer um balanço da doença Covid-19 em Goiás, que até hoje teve 6.699 casos suspeitos, 403 confirmados, 2.064 descartados e a incidência em 44 dos 246 municípios goianos. Goiânia é a localidade com maior número de casos positivos, 230, seguida por Anápolis, com 32, Goianésia, 24, Rio Verde, 13, Aparecida de Goiânia, com 14, Luziânia, com 10 e Valparaíso de Goiás com sete casos.
“Apresentamos hoje nosso novo decreto que mostra claramente que todo processo de isolamento social continua e que tivemos a capacidade de promover e avançar em ferramentas que são importantes para avaliamos agora o crescimento do processo de contaminação do corona em Goiás, porque estamos conseguindo fazer com que a projeção de pacientes graves esteja dentro daquilo que é a nossa capacidade de atendimento. É importante que alguns setores fossem flexibilizados, higiene, construção, mineração. A autorização é gradual. Fomos o primeiro a implantar a quarentena, mesmo sem casos em Goiás. Estamos numa situação melhor do que a que projetamos. Tudo dentro de protocolos explicitados e definidos os critérios de como a pessoa tem de trabalhar”, afirmou Caiado.
Dia a dia
Segundo ele, as avaliações agora serão parceladas, podendo ser diárias, de acordo com a progressão ou regressão da doença em nosso meio. Para isso, o Governo de Goiás está disponibilizando um endereço de internet (www.go.gov.br), onde os empresários acompanharão se houve alguma flexibilização para o seu negócio. Ele vai acessar, colocar o CNPJ da empresa e verificar lá se pode ou não abrir.
“Se autorizado, vai se defrontar com um protocolo específico. Todos têm de cumprir o protocolo geral e, de acordo com a atividade, vai para o protocolo específico” observou, acrescentando que existem 15 protocolos específicos e que eles foram feitos para que não haja a proliferação da doença no Estado. “O decreto pode ser mudado gradualmente todo dia, de acordo com o que estivermos medindo. Poderemos diminuir as exigências, diminuir o nível de atividade ou ampliar e abrir outros setores”, assinalou.
Quanto às cidades, disse que a decisão de liberar os comércios será da responsabilidade dos prefeitos, conforme determinou o STF, mas terá que apresentar um plano de contingência e um perfil epidemiológico. Mas, se a situação ficar comprometedora, o Governo do Estado vai pedir a complacência dos prefeitos, para evitar um colapso na rede se saúde como já ocorre em São Paulo, Amazonas, Rio de Janeiro, Ceará, Distrito Federal e Amapá. Sobre os 150 dias do decreto emergencial, Caiado disse que é porque o total previsto anteriormente era de 180 dias, mas como já se passaram 30 dias desde o primeiro, esse novo decreto estabeleceu em 150 dias.
Afirmou também que é fundamental a parceria direta com o cidadão: “O Estado pode alguma coisa, mas não pode tudo. Só teremos bons resultados, se o cidadão assumir”. Nessa perspectiva está o uso da máscara, observando que está pedindo que a pessoa use, para não disseminar e não contrair o vírus.
“Não é a questão de punir. Se você está sem a máscara, é uma forma egoísta e desrespeitosa com as pessoas que estão ao seu lado, porque pode ser o transmissor do vírus e ou se contaminar”, argumentou, agradecendo a Federação Goiana dos Municípios (FGM), a Fecomércio (Federação do Comércio do Estado de Goiás) e outras entidades que entenderam o espírito dessa luta, como foi o caso dos comerciantes da Rua 44, em Goiânia.