Relatório sobre números do desemprego informalidade revela preocupação da Fieg
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, divulgados pelo IBGE, assim como dados do Caged, do MTE, sinalizam para uma melhora no mercado de trabalho no final do ano passado. Na média de 2019, a taxa de desocupação ficou em 11,9%, sendo a segunda queda anual consecutiva, com 12,6 milhões de pessoas desempregadas, queda de 1,7% frente a média de 2018.
Houve melhora também de 1,1% na média anual de pessoas com carteira assinada, quando comparada com 2018. Essa melhora no 4º trimestre pode ser explicada pela sazonalidade do mercado, uma vez que o comércio foi o grande responsável pela abertura de vagas, liderando a geração de emprego no período.
Entretanto, o aumento de empregados sem carteira assinada chama atenção. Na média anual de 2019, havia 11,9 milhões de pessoas trabalhando sem carteira assinada, representado um aumento de 4% frente a 2018. Trabalhadores por conta própria também aumentaram, chegando a 24,2 milhões de pessoas, ou seja, 958 mil pessoas a mais que no ano anterior.
Relatório da área técnica da Fieg sinaliza que a informalidade atingiu 41,1% da população ocupada, o maior resultado desde 2016. De acordo com o documento, tal cenário retoma a preocupação de que a melhora na taxa de desemprego segue bastante ligada ao aumento da informalidade, fator que impacta diretamente nas decisões de consumo e na retomada consistente da economia.