• Coronavírus: trabalhadores de hospitais de Hong Kong podem parar

    Publicado em 1.02.2020 às 19:38

    Mais de três mil trabalhadores de hospitais públicos de Hong Kong votaram hoje (1º) a favor da realização de uma greve, caso a fronteira com a China não seja fechada em razão da epidemia do novo coronavírus.

    Em Hong Kong estão confirmados 14 casos de contaminação por coronavírus, e 112 pessoas foram colocadas em quarentena.

    No início da semana, a chefe do executivo local, Carrie Lam, anunciou o corte de todas as ligações ferroviárias com a China continental a partir de sexta-feira (31), devido ao receio de propagação do novo vírus.

    O número de voos para a China também foi reduzido, mas as fronteiras não estão fechadas. Oito dos 14 pontos de passagem para a China permanecem abertos.

    A menos que sejam tomadas medidas na fonte da contaminação, “os meios para prevenir a epidemia e os recursos humanos não serão suficientes”, disse Winnie Yu, presidente da Aliança dos Funcionários da Administração Hospitalar.

    “Não queremos ir para a greve, mas o governo ignorou os pedidos do pessoal médico que está na primeira linha. Não temos alternativa”, acrescentou.

    Representantes da aliança devem se reunir com a administração hospitalar da cidade de Hong Kong no domingo. Segundo o sindicato, nove mil trabalhadores apoiam a greve.

    Caso não seja alcançado um acordo, 30% desses trabalhadores – no caso, os que não realizam tarefas essenciais – iniciarão a paralisação já na segunda-feira (3). O restante fará posteriormente uma greve de quatro dias.(Por  RTP (emissora pública de televisão de Portugal)