• Mineração será decisiva na retomada da economia, mas precisa de apoio, diz Sandro Mabel

    Publicado em 7.05.2020 às 07:31

    Com fatia de 16,7% no Produto Interno Bruto (PIB) Industrial, geração de 1,5 milhão de empregos diretos e indiretos, fornecimento de insumos para o processo produtivo de mais de 80 cadeias industriais e faturamento de 32 bilhões de dólares (em 2017), a mineração tem papel preponderante e decisivo na retomada da economia brasileira pós-pandemia do novo coronavírus.

    Com esse grande potencial, resumido nesses indicadores, o setor precisará de atenção especial do governo, sobretudo em termos de logística e infraestrutura, segundo defendeu o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e do Conselho Temático de Mineração da Confederação Nacional da Indústria (Comin/CNI), Sandro Mabel. Ele falou no webinar O papel da mineração na retomada da economia brasileira, transmitido nesta quarta-feira (06/05)  pela plataforma digital Zoom.

    O evento contou com participação do presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, e teve mediação do presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), Luís Azevedo.

    Depois de destacar a pujança da mineração, setor eleito como um dos pilares da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, ao lado do fortalecimento da moda e da industrialização da soja, Sandro Mabel disse que a estratégia em Goiás e em todo o País é conduzir a atividade econômica de forma potencializar cada vez mais seu crescimento.

    “O setor fornece bens minerais insumos para indústrias de transformação, agricultura, construção civil, está presente na vida de todos nós”, disse. “Cerca de 80 cadeias industriais utilizam insumo mineral em seu processo produtivo. Ela emprega cerca de 180 mil trabalhadores diretos e cada emprego direto gera outros 13 empregos indiretos nas cadeias de base mineral, ou seja, 1,5 milhão de pessoas trabalhando na cadeia mineral. Ela representa 16,7% do PIB industrial e ocupa uma área muito pequenininha, meio por cento do território nacional, se comparada à agricultura outros segmentos, por isso o problema do meio ambiente precisa ser mitigado cada vez mais. Mas para a mineração desenvolver e crescer, precisamos de uma atenção maior do governo, garantindo logística, infraestrutura”, ressaltou.

    Para a retomada do desenvolvimento da indústria mineral, o presidente da Fieg e do Comin/CNI defendeu um novo modelo de desenvolvimento, que fortaleça e priorize o setor mineral e suas cadeias. Temos que reduzir a nossa dependência externa de bens primários e transformados. Tornar a mineração, além de exportadora, indutora do desenvolvimento industrial do País”, enfatizou.

    Sandro Mabel ainda falou sobre a necessidade de simplificar o licenciamento ambiental, principalmente os de médias e pequenas empresas com baixo dano ambiental (autodeclaratório).

    Para o presidente da Abimaq, José Velloso, a melhor forma de alavancar a retomada do desenvolvimento nacional é uma estratégia empresarial e setorial para alcançar níveis internacionais de competividade, aliando qualidade, produtividade e inovação. “O progresso da indústria de mineração brasileira, de forma estruturada, segura e sustentável, ajudará a alavancar as demais indústrias no Brasil”, destacou.