O Governo de Goiás, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) assinou nesta terça-feira (12/5) contratos de cessão de áreas a seis empreendimentos no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), com previsão de investimento de R$ 341 milhões e geração de 3 mil empregos diretos e indiretos.

De acordo com a expectativa dos próprios empresários, as fábricas devem ter a construção iniciada entre maio e junho desse ano e serão inauguradas até o final do ano, com a pretensão de estarem operando em plena capacidade já no início de 2021.

O presidente da Codego, Marcos Cabral destaca que segue a determinação do governador Ronaldo Caiado de não somente recuperar os distritos industriais de Goiás, como também expandir a industrialização do Estado, criando novos parques industriais.

“De uma maneira criativa, arrojada, o Governo de Goiás vem garantindo a atração de investimentos para o Estado. Em um momento de crise mundial conseguimos criar milhares de empregos. Esse, aliás, é o nosso principal compromisso”, asseverou.

Cabral enfatizou ainda o protagonismo de Anápolis na área industrial e argumentou sobre a importância de manter um canal aberto de diálogo com o setor produtivo, avaliando que é preciso agir em sinergia com os vários atores do desenvolvimento econômico.

“A cidade de Anápolis é um importante propulsor da economia goiana e estamos trabalhando, articulando e dialogando constantemente com o segmento empresarial, que aliás já demonstrou ter depositado confiança na pujança do estado e nas ações de uma gestão séria e compromissada com o desenvolvimento das pessoas e não de grupos políticos”, finalizou.

Diretor Administrativo da Codego e filho da terra, Carlos César Toledo rememorou a importância do Daia para Anápolis desde a sua implantação e do compromisso assumido pela atual gestão em recolocar o polo nos trilhos do desenvolvimento com a modernização estrutural da unidade. “Temos lutado pela recuperação da infraestrutura do Daia e anunciamos neste momento difícil a chegada de investimentos importantes para Goiás”, disse.

Convidado a discursar, o deputado estadual e ex-vereador anapolino, Amilton Filho comemorou a chegada dos empreendimentos, acentuando que este era um antigo desejo da população da Manchester goiana. “Temos pressa. Isso mostra o desenvolvimento da nossa cidade, para torná-la ainda mais pujante, dando subsídios para o crescimento. Neste cenário de crise, estamos conseguindo superar este momento delicado”, frisou.

A mesma linha foi defendida pelo vice-prefeito da cidade, Márcio Cândido da Silva, que representou o prefeito Roberto Naves na ocasião e pelo vereador Pedro Mariano, pela Câmara Municipal. Eles agradeceram o carinho da Codego e do Governo de Goiás com as demandas de Anápolis. “O trabalho desenvolvido tem sido ímpar e estamos colhendo os frutos dele. Temos percebido toda a atenção para a infraestrutura também, que é extremamente importante”, asseverou Márcio.

Ao final do evento, o presidente Marcos Cabral foi condecorado pelo Rotary Club Anápolis Daia com a Comenda Paul Harris. A honraria, que leva o nome de um dos fundadores do Rotary Club Internacional, é a mais importante concedida pela instituição e somente é oferecida àqueles que, de alguma forma, colaboram com o desenvolvimento da comunidade.

“Os governos anteriores não fizeram a lição de casa. Eles não nos atenderam. Esse mérito é da atual gestão e reconhecemos o empenho do senhor Marcos Cabral, assim como do governador Ronaldo Caiado, em buscar soluções visando o desenvolvimento do DAIA, de Anápolis e de Goiás”, sublinhou o presidente da entidade, Amaury Esberard.

Empreendimentos

Os futuros empreendimentos ocuparão áreas que, somadas, perfazem 70 mil metros quadrados e atuarão em vários segmentos, de alimentação a tecnologia de ponta, demandando profissionais com as mais diversas qualificações, provocando a busca pelo conhecimento dos potenciais empregados.

A primeira empresa a ser implantada é a Five Elements do Brasil, que atuará no segmento de nanotecnologia e terá investimento previsto de R$ 20 milhões, gerando 50 empregos (40 diretos e 10 indiretos).

Em seguida vem a Isomold Indústria e Comércio Ltda, no pré-moldados e concreto. Ela terá investimento de R$ 2,28 milhões e 40 empregos (30 diretos e 10 indiretos).

Já a Lotus Transportes Logística atuará na área de logística, com investimento de R$ 12 milhões e 60 empregos a serem gerados (15 diretos e 45 indiretos).

Por sua vez, a MG Steckelberg Indústria Mecânica Industrial será uma torneadora industrial e contará com investimento de R$ 12 milhões, gerando 60 empregos (15 diretos e 45 indiretos).

Finalizando, a Pérola Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios, que produz o Açúcar Pérola, investirá R$ 12 milhões na planta a ser instalada no DAIA, abrindo 60 postos de trabalho (15 diretos e 45 indiretos).

Ampliação

A atual planta industrial do laboratório farmacêutico Geolab será ampliada, ao custo de R$ 290 milhões, visando dobrar a produção de medicamentos, oportunidade provocada pelo lançamento de novos produtos no mercado.

Nos últimos cinco anos, a empresa cresceu 37,5% – percentual três vezes maior que as concorrentes, segundo a própria indústria farmacêutica. Os atuais 1,5 mil empregados passarão a 3 mil.

A farmoquímica atualmente possui portfólio que abrange 73 classes terapêuticas diferentes, abastecendo mais de 50 mil drogarias em todo o Brasil. No total, são quase 600 milhões de unidades produzidas por mês, direcionadas majoritariamente a hospitais e farmácias.

Diretor-presidente da Geolab, Georges Hajjar Junior enfatizou a afinidade da empresa com a cidade, iniciada há duas décadas, e a disposição da atual gestão em modernizar o distrito, requalificando-o, para que esteja preparado para enfrentar os novos desafios do século XXI.

“Nossa história começou em Anápolis em 1999. E nesse tempo todo nunca vi um trabalho como este sendo desenvolvido no Daia. Notamos este empenho e acreditamos que ainda vamos comemorar outras conquistas”, finalizou Hajjar Junior.

Investimentos somam R$ 400 milhões e 3 mil empregos

Apesar do cenário adverso por conta da pandemia do coronavírus, o Governo de Goiás garantiu a atração de cerca de R$ 400 milhões em investimentos do setor privado. O anúncio foi feito recentemente pelo governador Ronaldo Caiado durante live veiculada nas redes sociais e reforça a confiança do empresariado junto ao estado.

Além de Anápolis, outras sete cidades goianas com polos industriais da Codego serão beneficiadas: Abadiânia, Catalão, Goianésia, Itumbiara, Morrinhos, Rio Verde e Senador Canedo. Os distritos que receberão as novas empresas estão sendo ou serão aprimorados, de modo a trazer conforto e segurança aos empresários e trabalhadores.

Por estar localizado próxima a Goiânia e ser uma rota de escoamento de mercadorias para todas as regiões do Brasil, o parque de Morrinhos foi o mais procurado pelos empresários, assim com o Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). Cada cidade receberá cinco indústrias. E os terrenos adquiridos vão de 2 mil metros quadrados (m²) a 29,9 mil m², como no Daia.

Como ressaltou o presidente da Codego, Marcos Cabral, em um primeiro momento, a vinda dos novos empreendimentos irá aquecer o mercado da construção civil, que vinha se recuperando gradativamente após uma expressiva queda há cinco anos.

“As construções serão feitas em etapas. A economia vai girar e novos empregos serão gerados por meio da construção civil, que agora está se recuperando do baque dos últimos cinco anos”, disse Cabral.

Localização estratégica

Goiás fica no centro do Brasil e é cortado por importantes rodovias, como as BRs 060 e 153, pelas ferrovias Norte-Sul e Centro-Atlântica e conta ainda com operações de cargas no Aeroporto Santa Genoveva, permitindo o escoamento eficiente do que é produzido em território goiano.

Ao mesmo tempo, Goiás possui infraestrutura favorável à instalação de novas empresas, como energia elétrica e redes de saneamento básica, além de bons indicadores educacionais. Os distritos da Codego estão sendo preparados para absorver a demanda que está sendo provocada com a instalação das novas indústrias.

Visando ainda otimizar o desenvolvimento econômico, sobretudo em regiões pouco desenvolvidas, a Codego anunciou que irá implantar três distritos industriais em locais historicamente pouco industrializados: Cavalcante (Nordeste), Santa Terezinha de Goiás (Norte) e Santo Antônio do Descoberto (Entorno do Distrito Federal).

Somente a primeira fase do Condomínio de Desenvolvimento Econômico (CDEs) de Santo Antônio abrigará 53 empresas. Todos os CDEs contarão com infraestrutura completa e serão entregues pontos para iniciarem suas operações. Os abatimentos fiscais poderão chegar a 98% do imposto devido, a título de incentivo.

Daia foi o primeiro polo industrial em Goiás

Com 8,7 milhões de metros quadrados, o Distrito Agroindustrial de Anápolis foi o primeiro distrito industrial do estado de Goiás, inaugurado em 1976, dentro de uma política de incentivo à industrialização iniciada nos anos 1970.

O polo conta hoje com mais de 150 empresas instaladas, nos mais variados segmentos, com destaque para farmoquímica, automobilística, química e alimentos e é responsável, de acordo com dados da Secretaria da Economia, pela geração de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás.

Após um longo período de abandono por parte das gestões passadas, o Daia está recebendo importantes investimentos de R$ 10 milhões na modernização da infraestrutura, como a ampliação do sistema de captação d’água, recapeamento de vias, revitalização de equipamentos de mobilidade urbana – ciclovia e pontos de ônibus, além de outras melhorias estruturais. 

Novas áreas estão sendo disponibilizadas ao empresariado, ampliando as possibilidades de negócios no local. A facilidade logística é um importante ponto forte, pois o distrito conta com multimodais, permitindo o rápido escoamento das cargas.

Ao mesmo tempo, o diálogo com o empresariado local foi ampliado e várias reivindicações do segmento foram atendidas, entre elas a abertura do edital de regularização fundiária de áreas do Daia, uma antiga demanda da classe empresarial.

Shopping

Ao completar 45 anos no próximo ano, o Distrito Agroindustrial de Anápolis contará com uma importante novidade: um shopping center de 22 mil metros quadrados, com 80 lojas, faculdade, unidade de serviços públicos e bancários, além de praça de alimentação.

O Termo de Cessão de Uso da área foi assinado no último dia 8 de maio entre a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) e representantes do Grupo Marítimo visando a implantação de um shopping center no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia).

O centro de compras será construído no terreno da antiga sede da 3ª Delegacia Regional de Polícia, que foi transferida em fevereiro para um prédio novo e moderno, cedido pela Codego à Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO).

Com a implantação da unidade, a expectativa é que o público atendido supere os cerca de 30 mil trabalhadores e empresários que atuam diariamente no local, abrangendo ainda os motoristas que trafegam na rodovia BR-060, entre Goiânia e Brasília.