Polícia da RDCongo matou 55 pessoas de um movimento religioso, acusa Human Rights Watch

Publicado em 19.05.2020 às 07:57

A polícia da República Democrática do Congo matou pelo menos 55 pessoas de um movimento religioso separatista em abril do ano passado, denunciou hoje a Organização Não-Governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW).

“A repressão do Governo contra o Bundu dia Kongo (BDK) ocorreu entre 13 e 24 de abril em várias cidades no centro do país e na capital, Kinshasa”, lê-se num comunicado enviado hoje às redações.

O apelo do líder deste movimento, Zacharie Badiengila, conhecido como `Espírito Criativo` no dialeto local, aos seus seguidores para “perseguirem pessoas que não são da etnia kongo desencadeou a resposta do Governo”, diz a HRW, acrescentando que “os ataques da polícia resultaram em 15 mortos na cidade de Songololo em 22 de abril e o ataque no dia 24 à residência de Badiengila, no dia 24, resultou em pelo menos mais 33 mortes”.

As autoridades congolesas, diz a HRW, “tinham a responsabilidade de responder às mensagens do movimento BDK que incitavam à violência étnica, mas a resposta violou os padrões internacionais sobre o uso da força e causou um banho de sangue”, disse o diretor desta ONG para a África Central, Lewis Mudge.

RTP, emissora pública de Portugal