Secretária municipal de Saúde diz que há vagas de UTI em Goiânia e pico da doença será em junho
Em entrevista à Sagres 730 nesta quinta-feira (21), a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, diz ter estranhado os dados da Associação de Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) de que os leitos de UTI se esgotaram, uma semana depois de dizer que havia ociosidade de 80%.
“Quando Associação emitiu aquele comunicado, na semana passada, eu acredito que foi de certa forma infeliz, porque ele não foi detalhado. O que o presidente da Associação estava se referindo era aos leitos eletivos que estão ociosos, porque as cirurgias eletivas estão suspensas”, disse. “Essa ociosidade, pela conversa que tivemos antes da publicação, é que os leitos vazios eram exatamente os leitos de apartamentos e os leitos reservados para cirurgias eletivas, e não os leitos de UTI para pacientes graves”.
A secretária de Saúde explicou que no site do Ministério da Saúde, todos os hospitais são obrigados a informar qual é o número de internações que tem na unidade. “Nós temos acesso a todos os casos notificados, porque a notificação é compulsória, e nós fazemos uma busca ativa, então sabemos quantos pacientes estão internados em cada hospital com confirmação de coronavírus”, afirmou.
Apesar de a ocupação da rede de saúde está tranquila, a secretária afirma que a previsão do pico da covid-19 em Goiânia ocorrerá apenas no final de junho. Ela destaca ainda que os casos estão em ascensão. No início da pandemia, foram necessários quase um mês para completar 100 casos. Atualmente, diz, registra-se cem casos a cada três dias. Por isso, ela observa que não é o momento de permitir a abertura das lojas que continuam fechadas.