60,5% das empresas buscaram se adaptar à crise, diz pesquisa
A proliferação da Covid-19 causou impacto na economia de praticamente todos os países do mundo e interferiu na forma como empresas e pessoas se relacionam no mundo. Nada menos do que 60,5% em pesquisa com 38 empresas buscaram adaptar seus serviços e processos em meio à pandemia. O levantamento foi feito pelo Instituto Gyntec Academy, em parceria com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação de Goiás (Assespro-GO) e Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), com apoio do Fórum Aliança pela Inovação.
O estudo ouviu empresas e startups dos segmentos de serviços financeiros, bancos e fintechs; educação/edtech; agronegócios/agrotech; serviços de consultoria contábil e jurídico; saúde, farmacêutico e biotecnologia; comércio; indústria; e construção civil e mercado imobiliário.
A pesquisa foi feita durante o mês de maio com o objetivo de saber o impacto da disseminação da Covid-19 na economia goiana. Das empresas ouvidas, 55,3% demitiram os funcionários durante a pandemia. De outro lado, de 44,7% das empresas que contrataram ou mantiveram a quantidade de funcionários na empresa, quase metade tem alguma relação com a tecnologia.
Segundo o vice-presidente do Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CDTI) da Fieg e co-funder do Instituto Gyntec Academy, Marcos Bernardo, a pesquisa aponta uma constatação de que o setor da tecnologia teve melhor adaptabilidade à crise provocada pela Covid-19. “Uma das grandes características das empresas do setor de tecnologia é a facilidade para adaptar-se a um ambiente de constantes mudanças. As empresas ditas tradicionais sofreram com essa grande mudança provocada pela doença e isso indica a necessidade de adaptar-se à cultura para uma nova realidade”, explica Marcos Bernardo.
ADAPTAÇÃO
A pesquisa feita pelo Gyntec, Assespro e Softex constatou a necessidade de investimentos em novas tecnologias para vendas e relacionamento com clientes. Quase 29% das empresas consultadas não apresentavam qualquer tipo de e-commerce ou ferramentas tecnológicas para atender os clientes no ambiente digital. “Diante desse impacto provocado pela Covid-19, as empresas e os empresários vão ter que reaprender de maneira muito rápida para enfrentar um cenário que eles não esperavam. O caminho da nova economia passa pela educação e pelo reaprendizado”, destaca Marcos Bernardo.
A pesquisa também revela que as empresas estão demandando profissionais qualificados durante a crise. Cerca de 34% das respostas apontam a necessidade de as organizações contarem com profissionais de marketing e vendas e 28,9%, de gerentes de mídias sociais e geração de leads para captar mais clientes durante a pandemia. Segundo Marcos Bernardo, os números apontam para uma tendência de mudança no mercado, que não é momentânea. “A cultura da nova economia, que já havia surgido, está se consolidando com as necessidades aumentadas pela pandemia. As empresas e profissionais precisam estar atentos para aproveitar as oportunidades que estão surgindo e, para isso, devem estar preparados, buscando a qualificação para a inovação”, diz o vice-presidente do CDTI/Fieg.