A montadora Nissan Motor anunciou ter registrado o maior prejuízo líquido pela primeira vez em onze anos no ano fiscal japonês encerrado no final do mês de março. O montante da perda é de mais de 6,2 bilhões de dólares.

Esse valor é o pior desde o ano fiscal de 1999, quando o ex-presidente do Conselho de Administração Carlos Ghosn, enviado pela companhia francesa Renault, liderou nos esforços para a reconstrução da montadora.

A Nissan atribui o baixo desempenho às vendas estagnadas nos Estados Unidos, assim como ao impacto da pandemia do coronavírus na produção e vendas em termos globais.

A companhia diz que as vendas consolidadas no ano fiscal de 2019 caíram 14% em comparação ao ano anterior. A empresa registra uma perda operacional de 375 milhões de dólares.

A Nissan também revelou seu plano de transformação de quatro anos até o final do ano fiscal de 2023. Ela planeja fechar a instalação de manufatura da Indonésia e negociar também o fechamento de uma fábrica na Espanha.

Os empregados da Nissan Motor em Barcelona fizeram protestos após o anúncio. Cerca de 1.000 trabalhadores se juntaram em frente à fábrica na quinta-feira para reclamar da decisão. Alguns deles queimaram pneus e bloquearam rodovias. Sindicatos de trabalhadores disseram que o fechamento afetará cerca de 3.000 empregados da fábrica e instalações das proximidades, e indiretamente mais de 20.000 empregos. (NHK, emissora pública do Japão)